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Boletim Phi: A distância que nos une
A articulação da sociedade civil nesta pandemia, reunindo ONGs, empresários e líderes comunitários, implementando ações em parcerias e mostrando sua potência na transformação social, nos fazem pensar: a filantropia brasileira sai fortalecida? É imperativo que continuemos juntos buscando saídas para a atual crise e para a redução de desigualdades. Esse é o debate urgente que propomos. Confira na nova edição do Phi Bulletin.
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Boletim Phi: Juntos, cuidando do outro
Uma das lições que a pandemia de coronavírus tem ensinado a todos os setores da economia no mundo é sobre a importância de unir forças para encarar desafios coletivos. No Instituto Phi, de mãos dadas com empresas e organizações das mais diversas áreas – da moda ao financeiro, passando pela educação – estamos otimizando esforços, potencializando ações, fortalecendo atores que se unem em torno de um interesse comum. Clique na nova edição do Phi Bulletin e confira!
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Boletim Phi: Filantropia fortalecida no contexto da crise
Estamos diante de uma nova realidade marcada por uma consciência coletiva de que empresas e indivíduos precisam ser um fator de soma para a transformação social. Mais do que nunca, precisamos olhar e apoiar campanhas para auxiliar as comunidades vulneráveis – com o avanço da pandemia, as desigualdades se aprofundam e a fome chega todos os dias. Na nova edição do Boletim Phi, reunimos as informações, inspirações e ferramentas que você precisa para começar a doar ou continuar doando. Clique aqui e confira!
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Boletim Phi: De vida em vida, salvamos a humanidade
Através de ações coletivas, articuladas em rede por pessoas e organizações comprometidas de longa data com a ampliação da cidadania dos grupos minorizados, vidas brasileiras estão sendo salvas. Conheça algumas dessas ações na nova edição do Phi Bulletin e saiba como você pode contribuir. Agir na emergência e construir um novo Brasil depende de todos nós.
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Phi lança boletim semanal
O que será preciso para atravessar esta crise, agora que nossas premissas tradicionais se tornaram irrelevantes? Se quisermos encontrar um caminho social e economicamente viável rumo ao próximo normal, nossa resposta é um chamado à filantropia. Nós, do Instituto Phi, convidamos vocês para acompanhar nossas ações no novo Phi Bulletin, que será publicado aqui semanalmente. Esta é a primeira edição e esperamos que vocês gostem. Boa leitura e estamos à disposição para conversar sobre o tema!
ONGs esperam ser incluídas em medidas de apoio dos governos
Por Luiz Gustavo, da Agência do Bem
Por conta da pandemia do novo coronavírus e das medidas de isolamento impostas pela quarentena a queda da atividade econômica impõe riscos concretos à capacidade de gerar renda e prover subsistência à milhões de famílias do país. Diante deste cenário, as organizações do Terceiro Setor, popularmente conhecidas como ONGs, estão articulando ações em redes de solidariedade, em milhares de comunidades Brasil afora, arrecadando e distribuindo toneladas de mantimentos e itens de primeira necessidade à população mais vulnerável.
Segundo o ‘Monitor das Doações da COVID 19’ mantido pela Associação Brasileira de Captadores de Recursos cerca de 1 bilhão de reais já foram arrecadados entre empresas e pessoas físicas para combater os impactos da pandemia nas comunidades de baixa renda e para ajudar o sistema de saúde.
Estes números impressionantes, contudo, escondem um perigo: todo este afluxo de doações tem como destino a população e suas urgentes necessidades, mas como ficarão estas organizações de apoio com a queda de arrecadação que já está sendo sentida pelos seus gestores?
A organização carioca Agência do Bem, articuladora da Rede de Organizações do Bem, iniciativa presente nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro e de São Paulo, contando com a participação de 800 ONGs, realizou a pesquisa “Impacto do Coronavírus no Terceiro Setor”, entre os dias 3 e 7 de abril, com 231 diretores dessas entidades. O levantamento revelou um quadro alarmante: 67% tiveram queda de arrecadação de suas receitas acima de cinquenta por cento após o início da pandemia, e 83% preveem riscos concretos de fecharem suas portas no curto prazo ou terem de reduzir substancialmente suas atividades caso a situação atual não se reverta rapidamente.
_“Esse estudo aponta um risco real e afligente. Mais uma vez, são estas redes de solidariedade que estão fazendo a diferença lá na ponta diminuindo o sofrimento da população durante a pandemia, saciando a fome de milhões de pessoas. Muitas medidas estão sendo estudadas para socorrer empresas e profissionais autônomos, todas muito justas e necessárias. A contradição é que tais benefícios não incluem as ONGs que, além desse papel vital, empregam cerca de 3 milhões de pessoas no país. Isso precisa ser visto.” – declara Alan Maia, responsável pela pesquisa da Agência do Bem.
O levantamento identificou, ainda, o impacto imediato na rotina destas organizações. Segundo os respondentes, apenas 1% manteve suas atividades normais após o início da pandemia, enquanto 72% paralisaram completamente. Em relação ao contexto comunitário no qual atuam, 89% observam grave deterioração nas condições de subsistência das famílias atendidas, indicando necessidade de socorro imediato.
1.De imediato, quanto a pandemia impactou as rotinas e projetos institucionais?
72,7% Completamente. Interrompemos todas as atividades e atendimentos. Mantivemos apenas algumas rotinas administrativas.
26% Parcialmente. Alguns projetos seguem funcionando remotamente ou com adaptações.
1,3% Não houve impacto significativo. Seguimos trabalhando próximo da normalidade.
2. Ao longo das últimas semanas, você já identificou queda na arrecadação e na geração de receitas da instituição? Em qual percentual? Considere doações em geral, financeiras e não-financeiras.
15,6% Não. A arrecadação se manteve na média padrão.
2,6% Sim, na casa de 10% a menos.
5,2% Sim, na casa de 20% a menos.
6,9% Sim, na casa de 30% a menos.
2,6% Sim, na casa de 40% a menos.
5,6% Sim, na casa de 50% a menos.
3,0% Sim, na casa de 60% a menos.
10,4% Sim, na casa de 70% a menos.
9,1% Sim, na casa de 80% a menos.
12,1% Sim, na casa de 90% a menos.
26,8% Sim, não conseguimos arrecadar nada.
3. Em relação ao futuro de curto e médio prazos, para os próximos 6 a 12 meses, caso a situação atual permaneça você acredita que existam riscos reais de fechamento definitivo das atividades por falta de recursos e de apoio?
24,7% Sim. Vejo a possibilidade de encerrar definitivamente a instituição.
58,4% Em parte. Alguns projetos e atividades serão descontinuados, mas manteremos o funcionamento em novo formato.
16,9% Não. O impacto será pequeno. Temos condições de sobreviver a essa crise.
4. Observando o contexto comunitário no qual atua, se houver atendimento direto à população em vulnerabilidade em seus projetos, você já identifica que estas pessoas estejam HOJE atravessando situação de MAIOR RISCO e com MAIS DIFICULDADE em prover a sua subsistência?
50,2% Sim. A situação piorou e já é bastante grave.
38,5% Está piorando, mas ainda não é de calamidade.
3,5% Não observo diferença. São os mesmos desafios que enfrentavam anteriormente.
7,8% Não tenho como avaliar esta situação.
Solidariedade e cooperação, a nova ordem social
Luiza Serpa, fundadora e diretora do Instituto Phi; Clarice Linhares, superintendente do Banco da Providência e Andréa Gomides, fundadora e presidente do Instituto Ekloos
*Artigo publicado no jornal O GLOBO, edição de 8 de abril de 2020
Em meio às notícias desoladoras sobre as vítimas da Covid-19 e à maior crise global que já vivemos, surge um novo movimento contagiante: o da empatia, da solidariedade, da cooperação. Os brasileiros entenderam rapidamente a importância de somar esforços: seja em dinheiro ou em produtos essenciais para lidar com a pandemia, as doações vêm chegando em centenas. Em duas semanas, a iniciativa RioContraCorona, articulada pelo Instituto Phi, Banco da Providência e Instituto Ekloos, arrecadou R$ 2,6 milhões. Foram mais de dois mil doadores que propiciaram a chegada de 246 toneladas de alimentos e 65 mil litros de materiais de higiene e limpeza a 130 comunidades cariocas, impactando 26 mil famílias . Foi só o começo.
Paralelamente, o grupo União Rio, do qual o RioContraCorona faz parte, já arrecadou, na frente pela saúde, R$ 15 milhões, que estão sendo empregados para ativar leitos em hospitais públicos e comprar respiradores e monitores.
E como se faz isso em tão pouco tempo? Sabe aqueles jogos infantis de cooperação, como o que você precisa passar o bambolê para o colega sem deixar ele parar de girar? Assim estamos trabalhando: juntando experiências, distribuindo o trabalho entre as equipes e, com concentração e sincronia, indo atrás de nossos objetivos de levar comida pra quem tem fome e ajudar a preservar vidas com medidas sanitárias de proteção à saúde.
Várias iniciativas vêm surgindo para chegar com urgência em quem já não tinha muito. Assim, o carioca está ganhando conhecimento de seu território, de suas comunidades e de famílias que ali vivem – pessoas que têm nome, têm voz e têm fome. Que bebem água para acalmar o vazio no estômago em pleno 2020. Quem são os responsáveis por isso? Todos nós! Que aceitamos a situação, fechamos os olhos e ouvidos para ela. Agora, um inimigo invisível levanta o tapete e nos mostra o tamanho da bagunça que estava ali e que precisamos arrumar.
Muitos nos perguntam se, depois de um parasita ter unido milhares de brasileiros numa corrente do bem sem precedentes, a nossa sociedade estará diferente. Não sabemos responder, mas temos a sensação de que uma grande lente de aumento está sendo colocada no problema de desigualdade social do país. E, passado o senso de urgência, os efeitos para o Brasil serão profundos, com impacto para além das vidas perdidas.
Mas sabemos, sim, que a reconstrução de um mundo melhor não é simples fábula. É engenharia. Com ações coordenadas, continuadas, sem demagogia eleitoreira, usando os recursos de modo sustentável em benefício da população, é possível. É o que nos move diariamente.
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Solidariedade no combate ao coronavírus
Frente às previsões de impacto da epidemia no sistema público de saúde e também na economia do país, a solidariedade tem se apresentado como uma ferramenta importante para combater o coronavírus. Institutos, fundações e empresas têm estruturado campanhas voltadas à arrecadação de recursos financeiros e outras doações, como cestas básicas, material de higiene e limpeza, para doar para comunidades em situação de extrema vulnerabilidade social. Quer ajudar e não sabe como? Reunimos aqui várias iniciativas bacanas para você fazer a sua doação!
Campanhas
RioContraCorona
Instituto Phi, Ekloos e Banco da Providência lançaram a campanha RioContraCarona, que arrecada recursos para compra de material de limpeza, higiene e cestas básicas para distribuição em áreas carentes. Complexo da Maré, Cidade de Deus, Pavão Pavãozinho e Rocinha, além de Chatuba, em São Gonçalo, e Morro Agudo, em Nova Iguaçu, são algumas comunidades beneficiadas nesta primeira etapa da campanha. A contribuição pode ser por cartões de credito ou débito, através do hotsite www.riocontracorona.org ou por depósito bancário. Confira os dados:
Instituto Phi
Banco Itaú
Agência:072
Conta corrente: 07246-
CNPJ:19.570.828/0002-94
Fundo Emergencial para a Saúde
Movimento Bem Maior e Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (Idis) se uniram numa campanha de arrecadação de recursos que serão direcionados à Fiocruz, ao Hospital das Clínicas de São Paulo, à Santa Casa de São Paulo e à Comunitas, organização que está comprando respiradores para hospitais do SUS. O objetivo é que o dinheiro seja usado na compra de material de proteção para médicos e enfermeiros, testes para diagnóstico de Covid-19, respiradores e equipamentos para UTI A campanha usa a plataforma de crowdfunding (financiamento coletivo) para causas sociais BSocial para receber as doações.
ONG Comunitas
Em mobilização própria, a ONG Comunitas se mobiliza para a compra de cerca 345 respiradores para hospitais públicos de São Paulo e está modulando o mesmo arranjo para ser replicado no Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Quem quiser ajudar, pode acessar a campanha via WhatsApp e redes sociais pelo link https://whats.link/300respiradores.
Juntos pelo Melhor
Junto à Cruz Vermelha Brasileira, o Mercado Livre está mobilizando recursos para prevenir e conter a propagação do Coronavírus (COVID-19) em nosso país. É possível doar com a conta do Mercado Pago ou, como convidado, via cartão de crédito, boleto bancário e pagamento na lotérica. As doações arrecadadas serão destinadas para a compra e distribuição de kits de higiene e material informativo em estações de trem/metrô e áreas de maior vulnerabilidade social.O Mercado Livre já contribuiu doando o equivalente a 15.000 kits! Acesse https://www.mercadolivre.com.br/l/juntospelomelhor.
Combate.covid.org
O hotsite foi desenvolvido pela Doare, negócio social que atua com captação de recursos e consultoria estratégica para o Terceiro Setor . As doações serão direcionadas para a ONG Abraço Campeão, que irá distribuir cestas básicas para a população do Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro; para Santa Casa SP, que e ajudará na compra de materiais de proteção individual para médicos, enfermeiras e voluntários ou para a Fundação Amor Horizontal, que vai distribuir as cestas básicas e kits em abrigos e casas de apoio em São Paulo. As doações podem ser feitas por cartão de crédito, boleto bancário ou Papal, no site combate. covid.org.
G-10 – Apoie Paraisópolis, Heliópolis e Rocinha a combater o coranavirus
O G10 das Favelas, grupo que reúne lideranças de comunidades como Paraisópolis e Heliópolis, em São Paulo, e Rocinha, no Rio de Janeiro, lançou campanhas virtuais de apoio às comunidades que integram o movimento. Confira os links:
https://www.esolidar.com/crowdfunding/detail/4-g10-apoie-heliopolis-a-combater-o-corona-virus
https://www.esolidar.com/crowdfunding/detail/5-g10-apoie-rocinha-rj-a-combater-o-corona-virus
Ajude a Cufa a Ampliar seu Combate ao Coronavírus
A Central Única de Favelas (Cufa), organização que atua em favelas de todo o país, organizou uma vaquinha online para angariar recursos que serão utilizados em programas de prevenção e mitigação da epidemia nas localidades em que ela atua.
A Cufa disponibiliza duas formas de doação, diretamente ou por meio de uma plataforma de financiamento coletivo. Confira os dados:
Central Única Das Favelas do Rio De Janeiro
CNPJ :06.052.228/0001-01
Bradesco – 237 Ag: 0087 C/C: 3582-3
Itaú – 341 Ag: 0402 C/C: 17369-4
Doações pela vakinha online:
https://www.vakinha.com.br/vaquinha/ajude-a-cufa-a-ampliar-seu-combate-ao-coronavirus
Redes da Maré
A campanha de arrecadação visa a socorrer os 140 mil moradores das 16 comunidades que compõe o complexo de favelas do Rio de Janeiro. Segundo o Censo Maré, realizado pela Redes, 9% dos moradores (cerca de 13 mil pessoas) estão em situação de extrema pobreza. Pelo levantamento, há 10.262 habitantes maiores de 60 anos nas 16 favelas. Desses, apenas 7,3% têm acesso a algum serviço privado de saúde. São aceitas doações de alimentos, materiais de limpeza e higiene e água mineral. Os interessados podem entrar em contato pelo e-mail parcerias@redesdamare.org.br ou pelo telefone para (21) 99579-1819. As doações em dinheiro podem ser feitas nas contas abaixo:
Associação Redes de Desenvolvimento da Maré
CNPJ: 08.934.089/0001-75
Banco do Brasil – 001
Agência: 0576-2
Conta Corrente: 160.568-2
Para doações internacionais:
Código IBAN: BR15 0000 0000 0057 6000 1605 682C 1
Código Swift: BRASBRRJRJO
Banco Itaú S/A – 341
Agência: 0023
Conta Corrente: 543.38-2
Para doações internacionais:
Código IBAN: BR83 6070 1190 0002 3000 0543 382C 1
Código Swift: ITAUBRSP
Ação da Cidadania
A Ação da Cidadania, com o apoio do Movimento Bem Maior, está intensificando sua atuação de distribuição de alimentos, álcool gel e folhetos informativos e apela para a sociedade civil e setor privado que ajudem a levar o mínimo de dignidade para estas famílias, tão atingidas pela grave crise de saúde. A Ação já fez entregas em RJ, SP e MG e está ampliando para outras localidades do Brasil bastante afetadas pelo coronavírus, como o DF e alguns estados do Nordeste e Sul. As doações são feitas pela plataforma https://benfeitoria.com/acaocontracorona
Instituto da Criança/Reação & União
O movimento Reação & União – grupo informal da sociedade civil – juntamente com o Instituto da Criança, propõe viabilizar a implementação de 50 leitos de UTI no HU – Hospital Universitário Clementino Fraga Filho/UFRJ, conhecido como Hospital do Fundão, para que tenha maior capacidade de atender pacientes graves, infectados pelo coronavírus. A ação visa reforma de espaço, aquisição de equipamentos e custeio da equipe de atendimento. Após a pandemia, os leitos ficarão de legado para o hospital. A campanha tem como meta arrecadar a quantia de R$ 5,5 milhão. Caso haja sobra de caixa, o recurso será aplicado em outros projetos de combate ao coronavírus. O Hospital Universitário responderá pela gestão técnica operacional, enquanto o Instituto da Criança fará a gestão de recursos, monitorando as etapas a fim de prestar contas. Informações no site https://www.institutodacrianca.org.br/juntos-contra-o-coronavirus/
Qualquer quantia pode ser doada:
Bradesco (banco 237)
Agência: 0551-7
Conta Corrente: 0014411-8
CNPJ 02.744.697/0001-30 (Instituto da Criança)
Duration: coletividade, coronavirus, covid19, filantropia, pandemia, solidariedade.
Rio contra o Coronavírus
As comunidades precisam receber com urgência itens básicos para prevenção contra o coronavírus e outras demandas que irão surgindo. Para isso, precisamos mobilizar o governo, empresas e sociedade civil para conseguir doações que cheguem nas comunidades do Rio de Janeiro.
O RioContraCorona é um movimento gerido por três organizações com credibilidade no Rio de Janeiro – Instituto Phi, Banco da Providência, Instituto Ekloos – e surgiu das articulações do grupo de lideranças Reação e União, que está em diversas frentes para minimizar os impactos do vírus.
A pandemia do Coronavírus faz dos trabalhadores informais ou temporários, além de moradores de favelas, as principais vítimas da Covid19 — não só pelo aspecto da saúde, mas também pelo lado econômico. Com essa ação, o Instituto Phi reafirma seu papel de contribuir para um mundo menos desigual e mais justo, pautado na solidariedade.
Acesse e faça sua doação: riocontracorona.org
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Itália se torna o primeiro país a tornar obrigatória a educação para as mudanças climáticas
*Artigo de Jessica Stewart originalmente publicado no site My Modern Met
Quando o ano letivo de 2020 começar, a Itália será o primeiro país do mundo a incluir horários obrigatórios de ensino sobre assuntos relacionados a questões climáticas. De acordo com o ministro da Educação italiano, Lorenzo Fioramonti, serão 33 horas por ano incorporadas ao currículo sobre esse assunto urgente.
Com Greta Thunberg na liderança, jovens do mundo todo estão cada vez mais engajados na defesa do meio ambiente. E agora as gerações futuras da Itália estarão mais informadas do que nunca sobre os riscos que nosso planeta enfrenta. Esta é apenas uma parte do esforço geral da Itália para colocar a sustentabilidade e o clima no centro da educação.
“A ideia é que os cidadãos do futuro estejam preparados para a emergência climática”, disse o porta-voz de Fioramonti, Vincenzo Cramarossa.
Para que isso aconteça, as horas obrigatórias de ensino serão incorporadas às aulas cívicas existentes. Além disso, a sustentabilidade começará a aparecer como um tópico nas aulas tradicionais como geografia, matemática e física.
Para orientar o projeto, o ministério reuniu um painel de especialistas que inclui Jeffrey Sachs, diretor do Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Columbia, e o teórico econômico e social americano Jeremy Rifkin.
“Quero tornar o sistema educacional italiano o primeiro que coloca o meio ambiente e a sociedade no centro de tudo o que aprendemos na escola”, disse Fioramonti.
Fioramonti, que pertence ao Movimento Cinco Estrelas (que representam cinco prioridades: água, meio ambiente, mobilidade, conectividade e desenvolvimento) foi criticado durante seu tempo no cargo por apoiar estudantes que protestam contra as mudanças climáticas. Ele também recebeu uma reação negativa por impostos propostos sobre passagens aéreas, alimentos plásticos e açucarados, a fim de financiar a educação. No entanto, o imposto sobre plástico e açúcar foi incorporado ao orçamento do governo para 2020, um sinal de que a Itália está pronta para mudanças progressivas.
Duration: education, impacto socioambiental, environment, sustentabilidade.
A consciência do propósito social nos negócios
O colunista Renato Bernhoeft analisa que empresas familiares milionárias estão buscando alternativas de investimento
*Texto publicado originalmente no jornal Valor Econômico
As últimas informações e análises do mercado financeiro no mundo todo – Brasil incluído – mostram uma forte concentração da riqueza em detrimento de uma distribuição de renda mais justa. Entretanto, o crescimento dessas fortunas vem ocorrendo no universo de novos empreendedores, figuras que tem tido relativo e rápido sucesso em novos negócios, especialmente nas áreas de tecnologia e serviços. Paralelamente, muitas famílias tradicionais foram destruindo patrimônio e laços familiares pelo despreparo dos herdeiros.
Uma pesquisa anterior já constatou que 70% das empresas familiares que desapareceram, foram compradas por outros grupos, por conta de conflitos familiares ou societários entre seus descendentes. Causados também por empresários e patriarcas centralizadores ou pais ausentes na formação dos filhos.
Este panorama já está exigindo que as instituições financeiras, gestoras de fortunas, tenham que ampliar sua visão e as formas de agregar valor social ao patrimônio dos seus clientes. Em declarações recentes, a gestora de planejamento patrimonial, Mariana Oititica – sobrinha- neta do artista plástico Hélio Oititica (1937/1980) – afirmou que “as famílias estão cada vez mais imbuídas de criar um legado, especialmente as segundas e terceiras gerações. Há uma vontade crescente de fazer coisas que gerem valor”.
Essa visão de propósito social está focada nas formas, e busca de alternativas, que não apenas visem ampliar os rendimentos financeiros, mas também encontrar maior sentido para o capital. Além de uma afetiva contribuição da família para construir um mundo mais justo.
Vale registrar que uma boa parte desta nova consciência social que vem surgindo em algumas famílias empresárias tem sido provocada pela presença e atuação das figuras femininas no universo decisório. Demonstrando uma visão mais “holística” e abrangente do universo corporativo, as mulheres vêm conquistando influência e poder.
As novas iniciativas podem envolver filantropia, fundações, institutos ou apoio a entidades já existentes, com ações nas áreas de educação, meio ambiente, saúde, envelhecimento, habitação, assistência infantil, entre outras. Uma instituição já bastante reconhecida no Brasil é o IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social – que atua no engajamento e preparo de famílias, empresas e comunidades nos processos de contribuição social. Sua atuação tem se ampliado ao longo dos últimos anos.
* Renato Bernhoeft é fundador e presidente do conselho da höft consultoria. Autor de livros sobre empresas familiares, sociedades empresariais e qualidade de vida.
Duration: filantropia, investimento social, legado filantrópico, propósito.
Por que precisamos de uma revolução radical de generosidade
Artigo de Asha Curran, criadora e CEO do GivingTuesday, publicado originalmente em https://medium.com/unleashing-generosity/why-we-need-a-radical-generosity-revolution-cbd0ed641edc.
O GivingTuesday (Dia de Doar) começou com uma grande ambição e, ao mesmo tempo, um questionamento: poderia ser criada uma data que comemorasse as virtudes e recompensas de retribuir, em contraposição aos dias de consumir (como na Black Friday)? Seria possível tirar partido do poder da hiperconectividade digital e da colaboração para tornar a generosidade viral?
A resposta foi um retumbante e inspirador sim. A ideia se espalhou rapidamente além das fronteiras dos Estados Unidos, onde a data surgiu, tornando-se um movimento global dentro de poucos anos. Ao mesmo tempo, tornou-se hiper local, com líderes comunitários de cidades de todo o mundo reunindo organizações, escolas, famílias e empresas numa corrente do bem através da doação. Não há lugar no mundo que não tenha participado do GivingTuesday de alguma maneira em 2019.
O GivingTuesday não é, ao contrário de algumas percepções, um dia de angariação de fundos, apesar de realmente inspirar uma quantidade notável de contribuições em dinheiro para organizações sem fins lucrativos. A doação é apenas uma de um número infinito de possibilidades de iniciativas. É um dia que celebra a generosidade por sua definição mais abrangente, lembrando-nos do significado real de “filantropia:” “amor à humanidade”.
A generosidade no Dia de Doar é expressa como apoio às organizações da sociedade civil, mas também em atos de bondade, empatia, conexão, solidariedade. Em uma era de movimentos, o GivingTuesday é, como a maioria deles, alimentado pela ideia de que muitas pessoas agindo juntas podem causar mudanças radicais. É uma celebração do impacto positivo que cada pessoa, de qualquer idade, religião ou região, pode causar.
Diferentemente da “caridade”, a generosidade como valor é, como o amor, um nivelador – é fundamentalmente equitativo no sentido de que todos têm algo a dar, e a generosidade de ninguém é mais importante que a de qualquer outra pessoa.
Observar a enxurrada de generosidade no GivingTuesday é como assistir a uma revoada de estorninhos – a coordenação quase mágica, mas altamente regimentada, de muitos seres individuais para criar um efeito abrangente e unificado, prazeroso de se ver.
Ao mesmo tempo, parece que o mundo ao nosso redor se tornou radicalmente menos generoso. Qualquer que seja o oposto de generosidade – ganância, egoísmo, mesquinhez -, vemos isso na extrema desigualdade de renda nos Estados Unidos e em suas muitas e fatais consequências: na eleição de governos extremistas em países de todo o mundo e políticas que se manifestam em austeridade, abuso e intolerância; na ambição daqueles que têm muito mais do que jamais precisarão e continuam a buscar por mais e mais; nos maus-tratos às pessoas que fogem de desastres climáticos ou genocídios. É evidente na silenciosa epidemia de solidão.
O que todos os movimentos compartilham é o que os autores Max Haiven e Alex Khasnabish chamam de “imaginação radical”, um espaço compartilhado para imaginar e criar um mundo em que queremos viver, não num futuro distante, mas o mais rápido possível. A palavra radical deriva de “raiz” e os movimentos imaginam mudanças nos níveis mais fundamentais.
O movimento #MeToo não imagina simplesmente um mundo em que os predadores sexuais são punidos por seus pecados, mas um mundo em que as mulheres não são atacadas, para começar. O Movimento Occupy imaginou um mundo onde é intolerável que alguns tenham tanto enquanto outros tenham tão pouco, o que envolveria sistemas, estruturas e políticas completamente reconstruídos. Até mesmo os movimentos alimentados pelo ódio compartilham um espaço de imaginação radical e contam com a mesma dinâmica coletiva. Alguns pensam em movimentos, com seu poder de reivindicar e utilizar a força popular, como revoluções. Revoluções, afinal, causam “uma mudança radical e generalizada na sociedade e na estrutura social”.
A equipe da GivingTuesday acredita que o mundo está muito pronto para uma revolução de generosidade. Uma generosidade radical, que reimagina nosso mundo como um lugar onde não apenas trabalhamos mais para aliviar esses danos, mas onde não os toleramos. Um mundo em que nosso senso de solidariedade faz com que percebamos o dano a outro da mesma maneira que perceberíamos a nós mesmos.
GivingTuesday é um espaço para imaginar coletivamente esse mundo, um prisma através do qual podemos enxergar o que é possível. A imaginação está sempre emparelhada com a ação; com trabalho real e transpiração diária, a comunidade global está imaginando e construindo um mundo impulsionado pela generosidade e tudo o que leva a ela – comportamentos altruístas aumentados, comunidades fortalecidas e com vínculos interpessoais, maior participação cívica. E, finalmente, um mundo mais justo.
Minha esperança para 2020 e além é que cada vez mais pessoas assumam o trabalho de tornar a generosidade central em nossas vidas. Não é um trabalho difícil (é altamente gratificante de muitas maneiras mensuráveis, de fato). Não precisa parecer dramático, mas seus efeitos podem ser – a criação de um mundo onde todos são cuidados. Isso não deve ser uma coisa tão radical de se imaginar.
Duration: Dia de Doar, filantropia, generosidade, giving tuesday.