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Projetos Apoiados Informa PHI

Solidariedade e cooperação, a nova ordem social

Luiza Serpa, fundadora e diretora do Instituto Phi; Clarice Linhares, superintendente do Banco da Providência e Andréa Gomides, fundadora e presidente do Instituto Ekloos

*Artigo publicado no jornal O GLOBO, edição de 8 de abril de 2020

Em meio às notícias desoladoras sobre as vítimas da Covid-19 e à maior crise global que já vivemos, surge um novo movimento contagiante: o da empatia, da solidariedade, da cooperação. Os brasileiros entenderam rapidamente a importância de somar esforços: seja em dinheiro ou em produtos essenciais para lidar com a pandemia, as doações vêm chegando em centenas.  Em duas semanas, a iniciativa RioContraCorona, articulada pelo Instituto Phi, Banco da Providência e Instituto Ekloos, arrecadou R$ 2,6 milhões. Foram mais de dois mil doadores que propiciaram a chegada de 246 toneladas de alimentos e 65 mil litros de materiais de higiene e limpeza a 130 comunidades cariocas, impactando 26 mil famílias . Foi só o começo.
Paralelamente, o grupo União Rio, do qual o RioContraCorona faz parte, já arrecadou, na frente pela saúde, R$ 15 milhões, que estão sendo empregados para ativar leitos em hospitais públicos e comprar respiradores e monitores.
E como se faz isso em tão pouco tempo? Sabe aqueles jogos infantis de cooperação, como o que você precisa passar o bambolê para o colega sem deixar ele parar de girar? Assim estamos trabalhando: juntando experiências, distribuindo o trabalho entre as equipes e, com concentração e sincronia, indo atrás de nossos objetivos de levar comida pra quem tem fome e ajudar a preservar vidas com medidas sanitárias de proteção à saúde.
Várias iniciativas vêm surgindo para chegar com urgência em quem já não tinha muito. Assim, o carioca está ganhando conhecimento de seu território, de suas comunidades e de famílias que ali vivem – pessoas que têm nome, têm voz e têm fome. Que bebem água para acalmar o vazio no estômago em pleno 2020. Quem são os responsáveis por isso? Todos nós! Que aceitamos a situação, fechamos os olhos e ouvidos para ela. Agora, um inimigo invisível levanta o tapete e nos mostra o tamanho da bagunça que estava ali e que precisamos arrumar.

Muitos nos perguntam se, depois de um parasita ter unido milhares de brasileiros numa corrente do bem sem precedentes, a nossa sociedade estará diferente. Não sabemos responder, mas temos a sensação de que uma grande lente de aumento está sendo colocada no problema de desigualdade social do país. E, passado o senso de urgência, os efeitos para o Brasil serão profundos, com impacto para além das vidas perdidas.
Mas sabemos, sim, que a reconstrução de um mundo melhor não é simples fábula. É engenharia. Com ações coordenadas, continuadas, sem demagogia eleitoreira, usando os recursos de modo sustentável em benefício da população, é possível. É o que nos move diariamente.


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Solidariedade no combate ao coronavírus

Frente às previsões de impacto da epidemia no sistema público de saúde e também na economia do país, a solidariedade tem se apresentado como uma ferramenta importante para combater o coronavírus. Institutos, fundações e empresas têm estruturado campanhas voltadas à arrecadação de recursos financeiros e outras doações, como cestas básicas, material de higiene e limpeza, para doar para comunidades em situação de extrema vulnerabilidade social. Quer ajudar e não sabe como? Reunimos aqui várias iniciativas bacanas para você fazer a sua doação!

Campanhas

RioContraCorona

Instituto Phi, Ekloos e Banco da Providência lançaram a campanha RioContraCarona, que arrecada recursos para compra de material de limpeza, higiene e cestas básicas para distribuição em áreas carentes. Complexo da Maré, Cidade de Deus, Pavão Pavãozinho e Rocinha, além de Chatuba, em São Gonçalo, e Morro Agudo, em Nova Iguaçu, são algumas comunidades beneficiadas nesta primeira etapa da campanha. A contribuição pode ser por cartões de credito ou débito, através do hotsite www.riocontracorona.org ou por depósito bancário. Confira os dados:

Instituto Phi

Banco Itaú

Agência:072

Conta corrente: 07246-

CNPJ:19.570.828/0002-94

Carregamento de cestas básicas compradas pelo movimento RioContraCorona chega no Instituto Enraizados, ONG em Morro Agudo, Nova Iguaçu

Fundo Emergencial para a Saúde

Movimento Bem Maior e Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (Idis) se uniram numa campanha de arrecadação de recursos que serão direcionados à Fiocruz, ao Hospital das Clínicas de São Paulo, à Santa Casa de São Paulo e à Comunitas, organização que está comprando respiradores para hospitais do SUS. O objetivo é que o dinheiro seja usado na compra de material de proteção para médicos e enfermeiros, testes para diagnóstico de Covid-19, respiradores e equipamentos para UTI  A campanha usa a plataforma de crowdfunding (financiamento coletivo) para causas sociais BSocial para receber as doações.

ONG Comunitas

Em mobilização própria, a ONG Comunitas se mobiliza para a compra de cerca 345 respiradores para hospitais públicos de São Paulo e está modulando o mesmo arranjo para ser replicado no Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Quem quiser ajudar, pode acessar a campanha via WhatsApp e redes sociais pelo link https://whats.link/300respiradores.

Juntos pelo Melhor

Junto à Cruz Vermelha Brasileira, o Mercado Livre está mobilizando recursos  para prevenir e conter a propagação do Coronavírus (COVID-19) em nosso país. É possível doar com a conta do Mercado Pago ou, como convidado, via cartão de crédito, boleto bancário e pagamento na lotérica. As doações arrecadadas serão destinadas para a compra e distribuição de kits de higiene e material informativo em estações de trem/metrô e áreas de maior vulnerabilidade social.O Mercado Livre já contribuiu doando o equivalente a 15.000 kits! Acesse https://www.mercadolivre.com.br/l/juntospelomelhor.

Combate.covid.org

O hotsite foi desenvolvido pela Doare, negócio social que atua com captação de recursos e consultoria estratégica para o Terceiro Setor . As doações serão direcionadas para a ONG Abraço Campeão, que irá distribuir cestas básicas para a população do Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro; para Santa Casa SP, que e ajudará na compra de materiais de proteção individual para médicos, enfermeiras e voluntários ou para a Fundação Amor Horizontal, que vai distribuir as cestas básicas e kits em abrigos e casas de apoio em São Paulo. As doações podem ser feitas por cartão de crédito, boleto bancário ou Papal, no site combate. covid.org.

G-10 – Apoie Paraisópolis, Heliópolis  e Rocinha a combater o coranavirus

O G10 das Favelas, grupo que reúne lideranças de comunidades como Paraisópolis e Heliópolis, em São Paulo, e Rocinha, no Rio de Janeiro, lançou campanhas virtuais de apoio às comunidades que integram o movimento. Confira os links:

https://www.esolidar.com/crowdfunding/detail/3-g10-apoie-paraisopolis-a-combater-o-corona-virus?lang=br.

https://www.esolidar.com/crowdfunding/detail/4-g10-apoie-heliopolis-a-combater-o-corona-virus

https://www.esolidar.com/crowdfunding/detail/5-g10-apoie-rocinha-rj-a-combater-o-corona-virus

Ajude a Cufa a Ampliar seu Combate ao Coronavírus

A Central Única de Favelas (Cufa), organização que atua em favelas de todo o país, organizou uma vaquinha online para angariar recursos que serão utilizados em programas de prevenção e mitigação da epidemia nas localidades em que ela atua.

A Cufa disponibiliza duas formas de doação, diretamente ou por meio de uma plataforma de financiamento coletivo. Confira os dados:

Central Única Das Favelas do Rio De Janeiro

CNPJ :06.052.228/0001-01

Bradesco – 237 Ag: 0087 C/C: 3582-3

Itaú – 341 Ag: 0402 C/C: 17369-4

Doações pela vakinha online:

https://www.vakinha.com.br/vaquinha/ajude-a-cufa-a-ampliar-seu-combate-ao-coronavirus

Redes da Maré

A campanha de arrecadação visa a socorrer os 140 mil moradores das 16 comunidades que compõe o complexo de favelas do Rio de Janeiro. Segundo o Censo Maré, realizado pela Redes, 9% dos moradores (cerca de 13 mil pessoas) estão em situação de extrema pobreza. Pelo levantamento, há 10.262 habitantes maiores de 60 anos nas 16 favelas. Desses, apenas 7,3% têm acesso a algum serviço privado de saúde. São aceitas doações de alimentos, materiais de limpeza e higiene e água mineral. Os interessados podem entrar em contato pelo e-mail parcerias@redesdamare.org.br ou pelo telefone para (21) 99579-1819. As doações em dinheiro podem ser feitas nas contas abaixo:

Associação Redes de Desenvolvimento da Maré

CNPJ: 08.934.089/0001-75

Banco do Brasil – 001

Agência: 0576-2

Conta Corrente: 160.568-2

Para doações internacionais:

Código IBAN: BR15 0000 0000 0057 6000 1605 682C 1 

Código Swift: BRASBRRJRJO
 

Banco Itaú S/A – 341

Agência: 0023

Conta Corrente: 543.38-2

Para doações internacionais:

Código IBAN: BR83 6070 1190 0002 3000 0543 382C 1

Código Swift: ITAUBRSP 

Ação da Cidadania

A Ação da Cidadania, com o apoio do Movimento Bem Maior, está intensificando sua atuação de distribuição de alimentos, álcool gel e  folhetos informativos e apela para a sociedade civil e setor privado que ajudem a levar o mínimo de dignidade para estas famílias, tão atingidas pela grave crise de saúde. A Ação já fez entregas em RJ, SP e MG e está ampliando para outras localidades do Brasil bastante afetadas pelo coronavírus, como o DF e alguns estados do Nordeste e Sul. As doações são feitas pela plataforma https://benfeitoria.com/acaocontracorona

Instituto da Criança/Reação & União

O movimento Reação & União – grupo informal da sociedade civil – juntamente com o Instituto da Criança, propõe viabilizar a implementação de 50 leitos de UTI no HU – Hospital Universitário Clementino Fraga Filho/UFRJ, conhecido como Hospital do Fundão, para que tenha maior capacidade de atender pacientes graves, infectados pelo coronavírus. A ação visa reforma de espaço, aquisição de equipamentos e custeio da equipe de atendimento. Após a pandemia, os leitos ficarão de legado para o hospital. A campanha tem como meta arrecadar a quantia de R$ 5,5 milhão. Caso haja sobra de caixa, o recurso será aplicado em outros projetos de combate ao coronavírus. O Hospital Universitário responderá pela gestão técnica operacional, enquanto o Instituto da Criança fará a gestão de recursos, monitorando as etapas a fim de prestar contas. Informações no site https://www.institutodacrianca.org.br/juntos-contra-o-coronavirus/

Qualquer quantia pode ser doada:

Bradesco (banco 237)
Agência: 0551-7
Conta Corrente: 0014411-8
CNPJ 02.744.697/0001-30 (Instituto da Criança)

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Rio contra o Coronavírus

As comunidades precisam receber com urgência itens básicos para prevenção contra o coronavírus e outras demandas que irão surgindo. Para isso, precisamos mobilizar o governo, empresas e sociedade civil para conseguir doações que cheguem nas comunidades do Rio de Janeiro.

O RioContraCorona é um movimento gerido por três organizações com credibilidade no Rio de Janeiro – Instituto Phi, Banco da Providência, Instituto Ekloos – e surgiu das articulações do grupo de lideranças Reação e União, que está em diversas frentes para minimizar os impactos do vírus.

A pandemia do Coronavírus faz dos trabalhadores informais ou temporários, além de moradores de favelas, as principais vítimas da Covid19 — não só pelo aspecto da saúde, mas também pelo lado econômico. Com essa ação, o Instituto Phi reafirma seu papel de contribuir para um mundo menos desigual e mais justo, pautado na solidariedade. 

Acesse e faça sua doação: riocontracorona.org

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Itália se torna o primeiro país a tornar obrigatória a educação para as mudanças climáticas

*Artigo de Jessica Stewart originalmente publicado no site My Modern Met

Quando o ano letivo de 2020 começar, a Itália será o primeiro país do mundo a incluir horários obrigatórios de ensino sobre assuntos relacionados a questões climáticas. De acordo com o ministro da Educação italiano, Lorenzo Fioramonti, serão 33 horas por ano incorporadas ao currículo sobre esse assunto urgente.

Com Greta Thunberg na liderança, jovens do mundo todo estão cada vez mais engajados na defesa do meio ambiente. E agora as gerações futuras da Itália estarão mais informadas do que nunca sobre os riscos que nosso planeta enfrenta. Esta é apenas uma parte do esforço geral da Itália para colocar a sustentabilidade e o clima no centro da educação.

“A ideia é que os cidadãos do futuro estejam preparados para a emergência climática”, disse o porta-voz de Fioramonti, Vincenzo Cramarossa. 

Para que isso aconteça, as horas obrigatórias de ensino serão incorporadas às aulas cívicas existentes. Além disso, a sustentabilidade começará a aparecer como um tópico nas aulas tradicionais como geografia, matemática e física.


No sistema educacional italiano, sustentabilidade permeará todo o currículo (Getty Images)

Para orientar o projeto, o ministério reuniu um painel de especialistas que inclui Jeffrey Sachs, diretor do Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Columbia, e o teórico econômico e social americano Jeremy Rifkin.

“Quero tornar o sistema educacional italiano o primeiro que coloca o meio ambiente e a sociedade no centro de tudo o que aprendemos na escola”, disse Fioramonti.

Fioramonti, que pertence ao Movimento Cinco Estrelas (que representam cinco prioridades: água, meio ambiente, mobilidade, conectividade e desenvolvimento) foi criticado durante seu tempo no cargo por apoiar estudantes que protestam contra as mudanças climáticas. Ele também recebeu uma reação negativa por impostos propostos sobre passagens aéreas, alimentos plásticos e açucarados, a fim de financiar a educação. No entanto, o imposto sobre plástico e açúcar foi incorporado ao orçamento do governo para 2020, um sinal de que a Itália está pronta para mudanças progressivas.

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A consciência do propósito social nos negócios

O colunista Renato Bernhoeft analisa que empresas familiares milionárias estão buscando alternativas de investimento

*Texto publicado originalmente no jornal Valor Econômico

As últimas informações e análises do mercado financeiro no mundo todo – Brasil incluído – mostram uma forte concentração da riqueza em detrimento de uma distribuição de renda mais justa. Entretanto, o crescimento dessas fortunas vem ocorrendo no universo de novos empreendedores, figuras que tem tido relativo e rápido sucesso em novos negócios, especialmente nas áreas de tecnologia e serviços. Paralelamente, muitas famílias tradicionais foram destruindo patrimônio e laços familiares pelo despreparo dos herdeiros.

Uma pesquisa anterior já constatou que 70% das empresas familiares que desapareceram,  foram compradas por outros grupos, por conta de conflitos familiares ou societários entre seus descendentes. Causados também por empresários e patriarcas centralizadores ou pais ausentes na formação dos filhos.

Este panorama já está exigindo que as instituições financeiras, gestoras de fortunas, tenham que ampliar sua visão e as formas de agregar valor social ao patrimônio dos seus clientes. Em declarações recentes, a gestora de planejamento patrimonial, Mariana Oititica – sobrinha- neta do artista plástico Hélio Oititica (1937/1980) – afirmou que “as famílias estão cada vez mais imbuídas de criar um legado, especialmente as segundas e terceiras gerações. Há uma vontade crescente de fazer coisas que gerem valor”.

Essa visão de propósito social está focada nas formas, e busca de alternativas, que não apenas visem ampliar os rendimentos financeiros, mas também encontrar maior sentido para o capital. Além de uma afetiva contribuição da família para construir um mundo mais justo.

Vale registrar que uma boa parte desta nova consciência social que vem surgindo em algumas famílias empresárias tem sido provocada pela presença e atuação das figuras femininas no universo decisório. Demonstrando uma visão mais “holística” e abrangente do universo corporativo, as mulheres vêm conquistando influência e poder.

As novas iniciativas podem envolver filantropia, fundações, institutos ou apoio a entidades já existentes, com ações nas áreas de educação, meio ambiente, saúde, envelhecimento, habitação, assistência infantil, entre outras. Uma instituição já bastante reconhecida no Brasil é o IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social – que atua no engajamento e preparo de famílias, empresas e comunidades nos processos de contribuição social. Sua atuação tem se ampliado ao longo dos últimos anos.

* Renato Bernhoeft é fundador e presidente do conselho da höft consultoria. Autor de livros sobre empresas familiares, sociedades empresariais e qualidade de vida.

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