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Projetos Apoiados Informa PHI

Boletim Phi: Filantropia fortalecida no contexto da crise

Estamos diante de uma nova realidade marcada por uma consciência coletiva de que empresas e indivíduos precisam ser um fator de soma para a transformação social. Mais do que nunca, precisamos olhar e apoiar campanhas para auxiliar as comunidades vulneráveis – com o avanço da pandemia, as desigualdades se aprofundam e a fome chega todos os dias. Na nova edição do Boletim Phi, reunimos as informações, inspirações e ferramentas que você precisa para começar a doar ou continuar doando. Clique aqui e confira!

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Boletim Phi: De vida em vida, salvamos a humanidade

Através de ações coletivas, articuladas em rede por pessoas e organizações comprometidas de longa data com a ampliação da cidadania dos grupos minorizados, vidas brasileiras estão sendo salvas. Conheça algumas dessas ações na nova edição do Boletim Phi e saiba como você pode contribuir. Agir na emergência e construir um novo Brasil depende de todos nós.

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Phi lança boletim semanal

O que será preciso para atravessar esta crise, agora que nossas premissas tradicionais se tornaram irrelevantes? Se quisermos encontrar um caminho social e economicamente viável rumo ao próximo normal, nossa resposta é um chamado à filantropia. Nós, do Instituto Phi, convidamos vocês para acompanhar nossas ações no novo Boletim Phi, que será publicado aqui semanalmente. Esta é a primeira edição e esperamos que vocês gostem. Boa leitura e estamos à disposição para conversar sobre o tema!

ONGs esperam ser incluídas em medidas de apoio dos governos

Por Luiz Gustavo, da Agência do Bem

Por conta da pandemia do novo coronavírus e das medidas de isolamento impostas pela quarentena a queda da atividade econômica impõe riscos concretos à capacidade de gerar renda e prover subsistência à milhões de famílias do país. Diante deste cenário, as organizações do Terceiro Setor, popularmente conhecidas como ONGs, estão articulando ações em redes de solidariedade, em milhares de comunidades Brasil afora, arrecadando e distribuindo toneladas de mantimentos e itens de primeira necessidade à população mais vulnerável.
Segundo o ‘Monitor das Doações da COVID 19’ mantido pela Associação Brasileira de Captadores de Recursos cerca de 1 bilhão de reais já foram arrecadados entre empresas e pessoas físicas para combater os impactos da pandemia nas comunidades de baixa renda e para ajudar o sistema de saúde.
Estes números impressionantes, contudo, escondem um perigo: todo este afluxo de doações tem como destino a população e suas urgentes necessidades, mas como ficarão estas organizações de apoio com a queda de arrecadação que já está sendo sentida pelos seus gestores?
A organização carioca Agência do Bem, articuladora da Rede de Organizações do Bem, iniciativa presente nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro e de São Paulo, contando com a participação de 800 ONGs, realizou a pesquisa “Impacto do Coronavírus no Terceiro Setor”, entre os dias 3 e 7 de abril, com 231 diretores dessas entidades. O levantamento revelou um quadro alarmante: 67% tiveram queda de arrecadação de suas receitas acima de cinquenta por cento após o início da pandemia, e 83% preveem riscos concretos de fecharem suas portas no curto prazo ou terem de reduzir substancialmente suas atividades caso a situação atual não se reverta rapidamente.
_“Esse estudo aponta um risco real e afligente. Mais uma vez, são estas redes de solidariedade que estão fazendo a diferença lá na ponta diminuindo o sofrimento da população durante a pandemia, saciando a fome de milhões de pessoas. Muitas medidas estão sendo estudadas para socorrer empresas e profissionais autônomos, todas muito justas e necessárias. A contradição é que tais benefícios não incluem as ONGs que, além desse papel vital, empregam cerca de 3 milhões de pessoas no país. Isso precisa ser visto.” – declara Alan Maia, responsável pela pesquisa da Agência do Bem.
O levantamento identificou, ainda, o impacto imediato na rotina destas organizações. Segundo os respondentes, apenas 1% manteve suas atividades normais após o início da pandemia, enquanto 72% paralisaram completamente. Em relação ao contexto comunitário no qual atuam, 89% observam grave deterioração nas condições de subsistência das famílias atendidas, indicando necessidade de socorro imediato.

1.De imediato, quanto a pandemia impactou as rotinas e projetos institucionais?
72,7% Completamente. Interrompemos todas as atividades e atendimentos. Mantivemos apenas algumas rotinas administrativas.
26% Parcialmente. Alguns projetos seguem funcionando remotamente ou com adaptações.
1,3% Não houve impacto significativo. Seguimos trabalhando próximo da normalidade.

2. Ao longo das últimas semanas, você já identificou queda na arrecadação e na geração de receitas da instituição? Em qual percentual? Considere doações em geral, financeiras e não-financeiras.
15,6% Não. A arrecadação se manteve na média padrão.
2,6% Sim, na casa de 10% a menos.
5,2% Sim, na casa de 20% a menos.
6,9% Sim, na casa de 30% a menos.
2,6% Sim, na casa de 40% a menos.
5,6% Sim, na casa de 50% a menos.
3,0% Sim, na casa de 60% a menos.
10,4% Sim, na casa de 70% a menos.
9,1% Sim, na casa de 80% a menos.
12,1% Sim, na casa de 90% a menos.
26,8% Sim, não conseguimos arrecadar nada.

3. Em relação ao futuro de curto e médio prazos, para os próximos 6 a 12 meses, caso a situação atual permaneça você acredita que existam riscos reais de fechamento definitivo das atividades por falta de recursos e de apoio?
24,7% Sim. Vejo a possibilidade de encerrar definitivamente a instituição.
58,4% Em parte. Alguns projetos e atividades serão descontinuados, mas manteremos o funcionamento em novo formato.
16,9% Não. O impacto será pequeno. Temos condições de sobreviver a essa crise.

4. Observando o contexto comunitário no qual atua, se houver atendimento direto à população em vulnerabilidade em seus projetos, você já identifica que estas pessoas estejam HOJE atravessando situação de MAIOR RISCO e com MAIS DIFICULDADE em prover a sua subsistência?
50,2% Sim. A situação piorou e já é bastante grave.
38,5% Está piorando, mas ainda não é de calamidade.
3,5% Não observo diferença. São os mesmos desafios que enfrentavam anteriormente.
7,8% Não tenho como avaliar esta situação.

Solidariedade e cooperação, a nova ordem social

Luiza Serpa, fundadora e diretora do Instituto Phi; Clarice Linhares, superintendente do Banco da Providência e Andréa Gomides, fundadora e presidente do Instituto Ekloos

*Artigo publicado no jornal O GLOBO, edição de 8 de abril de 2020

Em meio às notícias desoladoras sobre as vítimas da Covid-19 e à maior crise global que já vivemos, surge um novo movimento contagiante: o da empatia, da solidariedade, da cooperação. Os brasileiros entenderam rapidamente a importância de somar esforços: seja em dinheiro ou em produtos essenciais para lidar com a pandemia, as doações vêm chegando em centenas.  Em duas semanas, a iniciativa RioContraCorona, articulada pelo Instituto Phi, Banco da Providência e Instituto Ekloos, arrecadou R$ 2,6 milhões. Foram mais de dois mil doadores que propiciaram a chegada de 246 toneladas de alimentos e 65 mil litros de materiais de higiene e limpeza a 130 comunidades cariocas, impactando 26 mil famílias . Foi só o começo.
Paralelamente, o grupo União Rio, do qual o RioContraCorona faz parte, já arrecadou, na frente pela saúde, R$ 15 milhões, que estão sendo empregados para ativar leitos em hospitais públicos e comprar respiradores e monitores.
E como se faz isso em tão pouco tempo? Sabe aqueles jogos infantis de cooperação, como o que você precisa passar o bambolê para o colega sem deixar ele parar de girar? Assim estamos trabalhando: juntando experiências, distribuindo o trabalho entre as equipes e, com concentração e sincronia, indo atrás de nossos objetivos de levar comida pra quem tem fome e ajudar a preservar vidas com medidas sanitárias de proteção à saúde.
Várias iniciativas vêm surgindo para chegar com urgência em quem já não tinha muito. Assim, o carioca está ganhando conhecimento de seu território, de suas comunidades e de famílias que ali vivem – pessoas que têm nome, têm voz e têm fome. Que bebem água para acalmar o vazio no estômago em pleno 2020. Quem são os responsáveis por isso? Todos nós! Que aceitamos a situação, fechamos os olhos e ouvidos para ela. Agora, um inimigo invisível levanta o tapete e nos mostra o tamanho da bagunça que estava ali e que precisamos arrumar.

Muitos nos perguntam se, depois de um parasita ter unido milhares de brasileiros numa corrente do bem sem precedentes, a nossa sociedade estará diferente. Não sabemos responder, mas temos a sensação de que uma grande lente de aumento está sendo colocada no problema de desigualdade social do país. E, passado o senso de urgência, os efeitos para o Brasil serão profundos, com impacto para além das vidas perdidas.
Mas sabemos, sim, que a reconstrução de um mundo melhor não é simples fábula. É engenharia. Com ações coordenadas, continuadas, sem demagogia eleitoreira, usando os recursos de modo sustentável em benefício da população, é possível. É o que nos move diariamente.


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