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Projetos Apoiados empreendedorismo social

5 documentários brasileiros sobre iniciativas que mudam vidas

Rio de JaneiroSão Paulo

A vida é cheia de momentos que nos dão “cliques” sobre alguma realidade que, até então, desconhecíamos. É como se um véu saísse da frente dos nossos olhos e então passamos a enxergar coisas com mais clareza. Por isso, no Dia do Cinema Brasileiro, o Instituto Phi fez uma lista de documentários nacionais que têm esse poder: abrem nossa cabeça para alguns temas sensíveis da realidade brasileira ou mesmo mundial, com histórias inspiradoras de pessoas que tomaram consciência de seu próprio poder de transformação e estão mudando vidas.

Quem se importa (2013)

Disponível para aluguel no Vimeo: http://bit.ly/2WOVuuu

Dirigido pela brasileira Mara Mourão, o longa metragem registra a trajetória de 18 empreendedores sociais, homens e mulheres que têm como ponto de partida uma demanda social a atender (do analfabestimo à produção de energia limpa) e, como método, a ação. Filmado em sete países, a produção pretende estimular jovens que, como muitos personagens do documentário, estão tentando dar uma nova cara ao mundo, mais justa e sustentável.

Conectados Transformamos (2014)

Disponível gratuitamente no YouTube: http://bit.ly/2IW6egJ

O filme, organizado pela Social Good Brasil, apresenta seis histórias de pessoas que decidiram agir pela mudança que desejam ver no mundo. São histórias como a do Projeto Integrar, que prepara alunos para ingressar nas universidades, e do Banco de Maricá, um programa de moeda social. Inspiração e impulso para quem pensa em empreender socialmente.

CenaRIO: Sustentabilidade em Ação (2016)

Disponível gratuitamente no YouTube: http://bit.ly/2KqSYUB

O documentário produzido pelo Centro Mundial para o Desenvolvimento Sustentável do PNUD foi feito por 30 estudantes cariocas que catalogaram iniciativas que mostram a força empreendedora do povo brasileiro – gente que passa longe de celebridades do mundo tecnológico ou inovadores com Ted Talks famosíssimas. Os personagens são 16 microempreendedores que conseguiram incorporar práticas sustentáveis aos seus negócios diários, da arquitetura ao comércio, passando por moda e artesanato.

Nunca me Sonharam (2017)

Disponível no YouTube para compra ou locação: http://bit.ly/2WQAQKE

Lançado em 2017, o documentário brasileiro dirigido por Cacau Rhoden e produzido pela Maria Farinha Filmes discute a situação da educação pública do país a partir da visão de jovens de dez estados brasileiros. A pluralidade das juventudes, a formação de identidade na adolescência e as pressões para tomarem parte na sociedade são questões bem exploradas por este documentário inspirador.

Histórias da Fome no Brasil” (2017)

Disponível gratuitamente no YouTube: http://bit.ly/31KB2dg

O filme mostra uma cronologia da fome no país.  Do Brasil Colônia, onde foram plantadas as sementes das desigualdades sociais, até as políticas públicas que culminaram na saída do Brasil, em 2014, do Mapa da Fome divulgado pela ONU. O filme aponta o pensamento daqueles que “nadaram contra a corrente”, como Josué de Castro, Dom Helder, Betinho e tantos outros, que acreditaram que a fome era um mal reversível, ocasionada pelos homens e suas políticas. Quando foi finalizado, o filme não previa que o Brasil voltaria aos patamares de Vxtrema pobreza e estaria sob sério risco de voltar ao Mapa da Fome.

“Não deixe a Peteca Cair” (2016)

Veja o trailer no Vimeo: http://bit.ly/2MVdHC7

Quando Sebastião resolveu transformar um terreno íngreme e lamacento em quadra de badminton para ensinar as crianças da comunidade da Chacrinha, Zona Oeste do Rio, ele foi chamado de louco. O esporte era praticamente desconhecido e pouco praticado no país. Quase 20 anos depois, o Brasil participa pela primeira vez dessa modalidade nas Olimpíadas, graças a uma equipe apaixonada e a uma metodologia única e inovadora que une o esporte ao samba carioca. O documentário dirigido por Kátia Lund e Fifi Fialho e produzido pela Jabuti Filmes é o primeiro de uma série que apresenta projetos culturais e esportivos de cinco comunidades cariocas como alternativa de geração de renda e “commodities sociais”. Além do Miratus Badminton, são eles o Circo Crescer e Viver, o Nós do Morro, o Jongo da Serrinha e o Cinema Nosso.

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Um projeto coletivo por um futuro melhor

Harambee significa algo como “todos juntos”, no idioma swahili. E é nisso que acredita o empreendimento social Harambee Youth Employment Accelerator, da África do Sul, vencedor do Prêmio Skoll de Empreendedorismo Social, concedido durante o Fórum Mundial da Skoll Foundation. Trabalhando para conectar jovens em busca de emprego a empresas que têm oportunidades, a iniciativa fundada em 2011 é especialmente importante num país em que cerca de metade dos jovens entre 18 e 28 anos enfrentam o desemprego.

Cerca de 1.100 empreendedores sociais de 65 países participaram do fórum, realizado de 9 a 12 de abril em Oxford, Inglaterra, para uma busca colaborativa por aprendizado, alavancagem e mudança social em larga escala – o tema do ano, aliás, foi “Acelerando Possibilidades”. Luiza Serpa, diretora-executiva do Instituto Phi, participou pelo segundo ano consecutivo, como fellow sênior, e destaca que o fórum joga um holofote sobre as inovações e melhores práticas do Terceiro Setor, ao mesmo tempo em que conecta líderes para promoverem o progresso social global.

 “Assistimos a iniciativas tão desafiadoras e inspiradoras, especialmente na África, tão atrasada em infraestrutura. Mas desde que o Brasil saiu do Mapa da Fome da ONU, em 2014, muitas fundações internacionais retiraram seus apoios a projetos sociais brasileiros. Combinando com outros fatores, como cortes em programas sociais, alta do desemprego, o país vive um momento difícil. Participar deste fórum faz com que a gente não se sinta sozinho, remando contra a maré”, afirmou Luiza.

Os outros projetos premiados – foram cinco – são mPharma, Thorn, Crisis Text Line e mPedigree. As organizações premiadas receberam US$ 1,5 milhão em investimentos para escalar seu trabalho e aumentar seu impacto.

Fórum de Empreendedorismo Social da Skoll Foundation, na Inglaterra/Divulgação

Também da África – região onde ocorrem metade das mortes globais em crianças menores de 5 anos, a expectativa de vida é menor que há 30 anos, os medicamentos são vendidos pelo triplo do preço e as drogas falsificadas são abundantes – a rede mPharma usa o poder coletivo de suas 200 farmácias para negociar preços mais baixos para os medicamentos com maior demanda, para doenças como hipertensão, diabetes, malária e HIV. A rede tem parceria com grandes farmacêuticas, como Novartis, Bayer e Pfizer e já ajudou 400 mil pacientes.

Já o mPedigree combate a falsificação de medicamentos e de produtos agrícolas na África, no sul da Ásia e no Oriente Médio com um sistema de verificação de autenticidade – basta ter um telefone celular e enviar uma foto ou mensagem de texto e o código é analisado em segundos.

A Thorn defende crianças dos Estados Unidos e mais 30 países contra abuso sexual, coletando dados da web, anúncios classificados e dados de fóruns on-line com algoritmos inteligentes para ajudar as autoridades a identificarem vítimas de tráfico sexual infantil.

Por último, também dos Estados Unidos é a Crisis Text Line, que construiu um serviço de suporte de saúde mental 24 horas por dia, voltado principalmente para jovens, pessoas de baixa renda e moradores de áreas rurais. No país, o suicídio atinge quase 50 mil pessoas a cada ano – mais que o dobro do número de homicídios – e a organização viu a necessidade de criar um serviço de aconselhamento especializado e de resposta rápida, aproveitando o big data e o meio de comunicação dominante de hoje: as mensagens de texto. Os dados são usados para melhorar os serviços essenciais e moldar as políticas públicas.

“A sensação é que estamos falando a mesma língua sobre as urgências planetárias e saio pensando como a humanidade pode encontrar uma maneira de somar esforços para acelerar um futuro justo, inclusivo e sustentável. Temos as ferramentas, precisamos descobrir como fazer isso de forma eficiente”, acrescenta a diretora do Instituto Phi.

Um filantropo atrás de boas pessoas e boas histórias

A Skoll Foundation foi fundada em 1999 por Jeffrey Skoll, que fez fortuna como presidente da multinacional eBay e, após sua saída do grupo, decidiu investir seu dinheiro em “pessoas boas fazendo coisas boas”. A fundação investe em iniciativas de empreendedorismo social em todo o mundo – ao identificar programas que já trazem mudanças positivas, capacita os líderes a ampliar seu alcance, aprofundar seu impacto e melhorar a sociedade em escala local e global.

Nesses 20 anos, a Skoll Foundation já investiu aproximadamente US$ 470 milhões em todo o mundo, incluindo o Skoll Award, que premiou 128 empreendedores sociais e 106 organizações nos cinco continentes.

Não satisfeito com as histórias que se contavam através da sua Fundação, em 2004 Skoll não resistiu a Hollywood e criou a Participant Media, uma produtora de filmes que jogam luz sobre questões relacionadas a direitos humanos. Foram produzidos pela Participant Media, por exemplo, os recentes “Green Book” (2018), que ganhou, entre tantos outros prêmios, o Oscar de Melhor Filme, “Roma” (2018), que deu a Alfonso Cuarón o Oscar de Melhor Diretor,  “O menino que descobriu o vento” (2019), os dois últimos distribuídos pela Netflix.

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