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Solidariedade: afinal, o que nos move?

Faça o que eu digo e também faça o que eu faço. Achou que tem alguma coisa errada no velho ditado, certo? Não quando aplicado a Marcos Flávio Azzi, profissional bem-sucedido que passou os últimos 10 anos buscando dinheiro para causas sociais. Não, também não é só mais um rico promovendo chás beneficentes e outros eventos do gênero. Azzi é um empreendedor do bem-estar social, um homem que quer para os outros o que conquistou para si. Parece simples, mas dá trabalho.

O filantropo é mineiro. Veio de uma família humilde do interior e fez carreira no mercado financeiro em São Paulo, numa empresa que se tornaria, rapidamente, uma das maiores do Brasil. A companhia foi vendida para um banco suíço e, assim, em 2009, o bem-sucedido Azzi se viu com a vida ganha já aos 30 e poucos anos de idade. O que seria um sonho para muitos o sacudiu de forma definitiva. Ele não queria, simplesmente, se acomodar e desfrutar os louros. A ambição era diferente: começou a doar boa parte de seu patrimônio – e tempo – para auxiliar na reforma de casas de baixa renda na periferia de São Paulo.

Desligado de vez do mercado financeiro, Azzi se dedicou a inspirar, motivar e auxiliar empresários e pessoas físicas de alto poder aquisitivo a atuar em filantropia de forma consciente e eficaz, criando em São Paulo o Instituto Azzi. O mesmo senso de oportunidade utilizado na antiga profissão passou a determinar seus movimentos na nova empreitada. E os frutos começaram a surgir. Em 2014, foi criado um braço carioca, o Instituto Phi, comandado pela publicitária Luiza Serpa, que, em 2016, abriu filial na capital paulista.

O movimento abraçado por ele – que ainda dá seus primeiros passos no Brasil – já vem ocorrendo com força em outros pontos do mundo. Muito dinheiro começa a chegar às organizações que trabalham em prol da sociedade civil. Mas a questão é: como fazer com que essa fortuna seja aplicada de forma confiável, adequada, promovendo verdadeiro impacto social?

A resposta pode estar na chamada filantropia estratégica, uma combinação da alma da filantropia com o espírito do investimento. É onde atua o Instituto Phi, que ajuda potenciais investidores a descobrirem a causa que querem apoiar e, a partir daí, sugere organizações e projetos sérios que estejam dentro do perfil idealizado. Uma ponte que conecta o terceiro setor com o universo empresarial.

Os projetos passam por uma avaliação baseada em transparência, qualidade de gestão, potencial de impacto e solidez. Depois, uma ferramenta analisa e confere um grau de risco a cada instituição a ser apoiada, permitindo ao investidor tomar a melhor decisão quanto ao investimento. Além de buscar o destino certo para a doação, o instituto monitora os projetos escolhidos.

Desde a fundação do Instituto Phi, em 2014, 410 projetos foram apoiados, com uma média de R$ 15 mil movimentados por dia. A filosofia de Azzi é seguida pelos seus discípulos: na filantropia estratégica, a doação precisa ser relevante, recorrente, com foco e sem visar interesses próprios. Por isso é tão importante que se descubra a causa que toca profundamente e mobiliza cada um a investir o seu dinheiro.

Apesar de algumas conquistas sociais da última década, o Brasil, oitava economia do mundo, segue como um dos países mais desiguais do planeta. Mas todos nós sabemos que o imobilismo não combina com desenvolvimento e crescimento. Então, pense bem agora: o que moveria você a doar?

2 comentários sobre “Solidariedade: afinal, o que nos move?

  1. Olá Bom Dia , história realmente inspiradora … Os meu filhos estudam em uma escola pequena , e eu gostaria de movimentar os alunos para inseri los neste mundo magico, da doacao … de tempo , de bens , criatividade e tudo que faca o bem … Adorei o site , ja estou navegando ha um tempo e vou me contactar para elaborarmos um projeto que se adeque . Parabens !!!

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