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Hoje eu quero voltar sozinho

Hoje Eu Quero Voltar Sozinho (2014) é um sensível drama brasileiro que acompanha Leonardo, um adolescente cego, enquanto navega os desafios da adolescência, da independência e do amor. Sua vida muda quando conhece Gabriel, um novo colega de classe, despertando sentimentos inéditos e questionando sua relação com a melhor amiga, Giovana. Com atuações delicadas e uma narrativa sincera, o filme aborda a descoberta da sexualidade e a busca por autonomia com sutileza e autenticidade. É uma história inclusiva e tocante sobre amor e aceitação. Disponível na Netflix.

Colegas

Colegas (2012) é uma comédia brasileira encantadora que acompanha três jovens com síndrome de Down – Stalone, Aninha e Márcio – que, inspirados por filmes, decidem fugir do instituto onde vivem para realizar seus sonhos. A jornada divertida e cheia de descobertas explora temas como amizade, liberdade e inclusão. Com sensibilidade e humor, o filme quebra estereótipos e oferece uma perspectiva única sobre a vida e o desejo de independência. Colegas emociona e diverte, destacando a importância de enxergar as pessoas além de suas limitações. Disponível na Globoplay.

Milagre na cela 7

Milagre na Cela 7 (2019) é um emocionante drama turco que conta a história de Memo, um homem com deficiência intelectual, injustamente condenado à morte pelo assassinato de uma criança. Com a ajuda de seus companheiros de cela, ele tenta provar sua inocência – o que traz um tom mais leve diante ao drama do filme, criando uma relação de amizade entre a garotinha e os prisioneiros, humanizando personagens que, mesmo com um passado de crimes, agora não são mais pintados apenas como vilões, mas como pessoas complexas, que é de fato o que todos nós somos. Com atuações sensíveis e uma narrativa tocante, Milagre na Cela 7 traz reflexão sobre abuso de poder, falha no sistema carcerário, luta pelo direito à vida e até o questionamento sobre a vida pós prisão. Disponível na Netflix.

O som do metal

O Som do Metal (2019) acompanha Ruben, um baterista de heavy metal que perde a audição de forma repentina, enfrentando a difícil adaptação a uma nova realidade. O filme mergulha profundamente na experiência de perda sensorial, com um trabalho sonoro excepcional que coloca o público no lugar do protagonista. Riz Ahmed entrega uma atuação poderosa e sensível, explorando a luta de Ruben para encontrar equilíbrio e propósito. O Som do Metal é uma obra envolvente e emocional, que trata sobre aceitação, resiliência e transformação, oferecendo uma perspectiva única sobre o silêncio e a reconexão com a vida. Disponível no Prime Video.

No ritmo do coração

No Ritmo do Coração (2021) conta a história de Ruby, a única pessoa ouvinte em sua família surda. Dividida entre ajudar no negócio familiar e seguir seu sonho de ser cantora, Ruby enfrenta dilemas de identidade e responsabilidade. O filme brilha pela atuação autêntica de Emilia Jones e pelo elenco surdo, especialmente Troy Kotsur, que venceu o Oscar. Comovente e inspirador, No Ritmo do Coração equilibra humor e emoção, destacando a importância da inclusão através da comunicação. Disponível no Prime Video.

Extraordinário

O filme Extraordinário (2017) conta a história de Auggie Pullman, um garoto com uma deformidade facial que enfrenta o desafio de frequentar a escola pela primeira vez. A trama explora sua jornada de superação, enquanto ele conquista amigos e ensina importantes lições de empatia e aceitação. Com atuações emocionantes de Jacob Tremblay, Julia Roberts e Owen Wilson, o filme toca o coração ao mostrar a força do amor familiar e da bondade humana. Com sensibilidade, Extraordinário destaca a importância de acolher as diferenças, sendo uma obra inspiradora para todas as idades. Disponível na Netflix e Prime Video.

A jornada de Dona Lita: inovação e sustentabilidade no semiárido

Dona Luzia, carinhosamente chamada de Dona Lita, saiu da zona rural de Itatuba (PB) aos 11 anos, sozinha, porque queria estudar. Foi para a casa de uma conhecida da família em Recife (PE) e pagava sua estadia com trabalho. Comeu o “pão que o diabo amassou”, mas conseguiu ir para a faculdade de Pedagogia. Depois de muitos anos atuando como professora – inclusive do município de Itatuba, para onde retornou depois de alguns anos com a missão de manter as crianças na escola – ela se aposentou e voltou às suas raízes na roça. Com uma pequena porção de terra, atualmente, com 66 anos, Dona Lita se tornou um símbolo do compromisso com a agricultura sustentável no semiárido.

Ao acessar tecnologias inovadoras de captação de água para consumo e produção, ela se tornou uma agricultora visionária. Utilizando o reuso de águas cinzas – isto é,  águas residuais que já foram utilizadas em chuveiros, lavatórios de banheiros e tanques – Dona Lita criou um pomar repleto de frutas típicas da região e outras espécies adaptadas ao clima árido. Além disso, passou a cultivar hortaliças e ervas medicinais, criando o que ela chama de sua própria “farmácia viva”.

A água para irrigação vem de uma cisterna que capta águas de chuvas e, com uma visão ainda mais sustentável, Dona Lita gera seu próprio gás de cozinha utilizando biogás proveniente das fezes dos animais. Em sua propriedade, ela também se dedica à reprodução de mudas de frutíferas e árvores nativas da caatinga, que faz questão de distribuir para a comunidade local, incentivando o reflorestamento e a preservação ambiental.

Engajada no desenvolvimento sustentável de sua região, Dona Lita transformou parte de sua casa em um banco de sementes comunitário, oferecendo à comunidade a possibilidade de cultivar plantas adaptadas ao semiárido. Atualmente, ela é uma das coordenadoras do Coletivo Multividas, que tem como foco promover práticas agroecológicas coletivas e garantir a segurança alimentar das famílias da região.

“O SPM – Serviço Pastoral dos Migrantes catalogou 60 espécies de plantas em minha propriedade. Através dessas plantas e de nossa rede solidária, estamos resgatando a agricultura livre de agrotóxicos e de sementes geneticamente modificadas. Muitos agricultores tinham perdido suas lavouras por conta da contaminação por transgênicos usados por grandes produtores”, explica.

O Coletivo Multividas é apoiado pelo programa Futuro Bem Maior, realizado pelo Movimento Bem Maior, Instituto Phi e Phomenta, que juntos buscam fortalecer iniciativas comunitárias como a de Dona Lita, promovendo um futuro mais sustentável.

Redescobrindo a liberdade: projeto TEREZA e o poder da segunda chance

Por Luiza Serpa

Recentemente, tive a oportunidade de conhecer o negócio social TEREZA, apoiado pela Humanitas360 e pelo Instituto Phi. Confesso que a experiência foi muito mais arrebatadora do que eu esperava, mesmo já estando habituada a fazer visitas a iniciativas sociais.

O que tornou essa visita especial foi o tema, que não estava no meu radar, especialmente como mulher. O TEREZA é um negócio social em expansão, formado por 11 mulheres egressas do sistema penitenciário. O nome do projeto remete às “terezas”, nomes que pessoas presas dão às cordas improvisadas feitas com lençóis amarrados, usadas em tentativas de fuga nas prisões. Hoje, TEREZA simboliza algo muito maior: a liberdade, não mais como uma fuga momentânea, mas como uma conquista permanente, oferecendo alternativas ao crime por meio de trabalho digno e em rede.

Os produtos feitos por essas mulheres são de uma qualidade incrível, mas foram as histórias que realmente me tocaram. Saí de lá refletindo sobre meus próprios preconceitos e os desafios que elas enfrentam, como a falta de direitos básicos — algumas só recebem dois rolos de papel higiênico por mês ou absorventes inadequados.

Além disso, muitas dessas mulheres vivem na solidão, esquecidas por familiares e pela sociedade, ao contrário dos homens presos, que continuam recebendo visitas. E o mais chocante: grande parte delas estão presas por envolvimento com atividades ilegais de seus companheiros. Elas não pedem para ser inocentadas, mas sim para cumprir suas penas com dignidade e respeito.

E quando saem? O desafio do recomeço é enorme. A sociedade não está preparada para dar uma segunda chance. Muitas saem com dívidas da chamada “pena de multa”, sem acesso a emprego e com poucas perspectivas de reintegração. Você já parou para pensar em como é tentar reconstruir a vida após anos encarcerada? Tereza e Humanitas 360 lançaram a campanha “Estou livre, e agora?” para justamente provocar essa reflexão. Para assistir aos vídeos, basta acessar o canal do H360 no TikTok.

Durante a visita, soubemos que o figurino do musical “Martinho, Coração de Rei – O Musical”, com cerca de 300 peças, foi todo confeccionado pela equipe do TEREZA. A confecção marca a retomada de parceria iniciada em 2022, quando o projeto contribuiu para os figurinos de “Marrom, o Musical”, que homenageou a vida e o legado da cantora Alcione. Ambos os espetáculos foram idealizados pelo produtor Jô Santana e têm direção assinada por Miguel Falabella. 

Enquanto conversávamos, uma delas tricotava uma peça impressionante, e pensar que ela adquiriu essa habilidade na prisão para trocar seus trabalhos por cigarros, a moeda da cadeia. Outras detentas rifavam suas criações para que pudessem ajudar a sustentar seus filhos.

Nosso sistema penitenciário está longe de cumprir seu papel de reinserção, mas ao conhecer projetos como o TEREZA, que hoje é o espaço seguro para 11 mulheres corajosas em busca de uma nova chance, vejo uma luz de esperança. Se mais portas forem abertas, talvez possamos resgatar muitas outras que também desejam recomeçar suas vidas por novos caminhos.

Desenvolvimento Institucional de Organizações da Sociedade Civil: uma análise sobre oportunidades de jornadas formativas e ofertas de recursos financeiros

Em um esforço colaborativo e inédito, a Plataforma Conjunta lançou, na última sexta-feira, o documento “Desenvolvimento Institucional de Organizações da Sociedade Civil: uma análise sobre oportunidades de jornadas formativas e ofertas de recursos financeiros”. O objetivo do estudo, realizado com 297 iniciativas previamente mapeadas, foi analisar o estado da arte das iniciativas de apoio ao desenvolvimento institucional de OSCs no Brasil, com foco no aprimoramento de capacidades técnicas organizacionais. O Instituto Phi faz parte do Comitê Consultivo da Conjunta e foi um dos revisores desse documento.

O resultado foi uma amostra final de 145 ofertas de jornadas formativas (JF) e 87 oportunidades de acesso a recursos financeiros (RF), totalizando 232 iniciativas, destacando-se as principais oportunidades, lacunas e demandas. Nunca se falou tanto em DI no Brasil como atualmente e este estudo soma-se a esse movimento, gerando reflexões críticas e úteis, bem como apoiando decisões práticas e inspirando e engajando novos ou atuais agentes de mudança social. Acesse o documento aqui e boa leitura!

Um diagnóstico climático para fortalecer a sociedade civil

Em um cenário global onde o papel da sociedade civil se torna cada vez mais relevante na formulação de políticas públicas, o Instituto Phi realizou um levantamento para compreender o nível de engajamento das organizações brasileiras em torno da justiça climática e como estão se mobilizando para influenciar as discussões no âmbito do G20.

O objetivo do Diagnóstico Climático é, a partir daí, recolher dados e informações e compartilhar acesso ao conhecimento, para que organizações de todo o país possam construir ações estratégicas para a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas e a construção de uma governança global mais inclusiva e sustentável, onde a sociedade civil possa articular com governos municipais, estudais e federal o desenvolvimento de políticas públicas que cheguem a todos.​ A pesquisa foi liderada pela cientista social e mestre em sociologia Vivian de Almeida, analista de projetos do Instituto Phi.

Com 43 organizações respondentes em 11 estados, o levantamento mostrou que 53% das organizações não possuem conhecimento ou práticas de justiça climática e 61% das organizações não possuem conhecimento ou práticas contra racismo ambiental. Apesar de a maior parte não ter atuações nesse sentido, 88% das respondentes relataram estar em áreas de risco climático: 25 em área de risco para ondas de calor, 18 para inundações, 15 para secas, 10 para deslizamentos de terra e 5 para ondas de frio. Apenas 5 não estão localizadas em área de risco para desastres climáticos.

A maior parte das organizações (65,1%) não possuem projetos, ações ou programas voltados à preservação dos biomas brasileiros.

Quase metade das organizações (48,3%) não sabia que a Cúpula dos Líderes ocorreria no país ou sabia apenas que ocorreria no país/no Rio de Janeiro, sem conhecimento sobre a existência de eventos paralelos e 23,3% sabiam sobre a Cúpula dos Líderes e outros eventos, mas não tiveram acesso a informações sobre como participar. ​

Apenas 27,9% das organizações souberam como participar deste processo. E apenas 7 organizações (16,2%) afirmaram estar envolvidas em grupos de engajamento do G20, sendo 6 no Civil Society (C20) – dentre as quais 1 estava, também, inserida no Think Tanks20 (T20) – e 1 no Youth20 (Y20).​

As principais demandas para se engajarem mais profundamente na temática incluem capacitação, financiamento e acesso a informações, o que reforça a importância de políticas públicas e programas de apoio que promovam maior inclusão e participação dessas entidades em debates globais e na construção de soluções locais para a crise climática.​

A crise climática não é mais uma questão distante e teórica; ela está presente no cotidiano de todos os brasileiros e exige uma resposta urgente e coordenada. Nosso futuro depende, em grande medida, do fortalecimento das políticas públicas e de sua integração com agentes locais, incluindo nas discussões globais sobre sustentabilidade e governança quem está na linha de frente dos territórios.​

Mãos que falam: no Dia Nacional do Surdo, uma história sobre amor e Libras

Você sabia que, das 18,6 milhões de pessoas que se declararam com alguma deficiência no Brasil no último Censo, 10 milhões estão relacionadas à deficiência auditiva? O Dia Nacional do Surdo – celebrado nesta quinta-feira, 26 de setembro, logo após o Dia Internacional da Linguagem de Sinais, no dia 23 – lança luz sobre o acesso à educação desta população no Brasil. Se é difícil para a maioria, imagine num bairro com um dos piores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do município do Rio de Janeiro?

Mas é lá em Santa Cruz que funciona, há 17 anos, a OSC Jurema Amor nas Mãos para Deficientes e Surdos – JAMDS. Mais de mil crianças já participaram dos projetos desenvolvidos pela organização, fundada pela Dona Jurema Duarte, de 71 anos, com destaque para as aulas de Linguagem Brasileira de Sinais (Libras).

O projeto da JAMDS “Mãos que falam com amor”, apoiado pelo Instituto Phi e pelo Instituto Rio, oferece atividades socioculturais, pedagógicas e esportivas para crianças e adolescentes com e sem deficiência, incluindo jiu-jitsu, balé, carimbó, informática e Libras, claro. Além de alunos com deficiência auditiva, a equipe recebe muitos alunos com autismo não verbal e que também aprendem a usar a linguagem de sinais como forma de comunicação alternativa e aumentativa.

Dona Jurema, que antes trabalhava na área de enfermagem, começou a aprender Libras depois de se aposentar, com 54 anos. A partir daí, voluntariamente, começou a ensinar crianças com deficiência auditiva em sua própria casa. Em 2016, foi indicada ao programa de TV do Luciano Huck e ganhou uma sede para a JAMDS. Mas a história das “mãos que falam” começou na sua infância, quando ia com a mãe aos domingos visitar uma tia e os primos.

“Meus irmãos e meus primos iam brincar na rua, e eu ficava em casa fazendo companhia para meu primo Alexandre, que era surdo, e não conseguia ser incluído nas brincadeiras. Mas, de alguma forma, conseguíamos nos comunicar, na base da mímica, usando as mãos. Nós nunca tínhamos ouvido falar em Libras. Quando, depois de me aposentar, decidi aprender a Linguagem Brasileira de Sinais, achei que era importante multiplicar esse conhecimento não somente para pessoas surdas. Meus filhos e minha neta aprenderam Libras e incentivo os nossos alunos que não têm deficiência e chegam para outros cursos a aprenderem também. A inclusão social só será possível quando qualquer cidadão ouvinte também for capaz de se comunicar com as pessoas surdas por meio da Libras”.

Ainda temos muito a percorrer. Sequer a comunidade surda tem pleno acesso ao ensino de Libras, embora a Lei 14.191, de 2021, tenha incluído a educação bilíngue de surdos na Lei Brasileira de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). Outro grande obstáculo é a carência de intérpretes da Língua Brasileira de Sinais (Libras) do ensino

fundamental ao superior, tornando impossível para esses alunos absorverem conteúdos ministrados nas escolas e universidades.

Felizmente, temos pessoas como Jurema abrindo caminhos para eles.

Uma laje reformada e a cidadania resgatada com concreto

A ajudante de cozinha Clévia Ribeiro caprichou na cartinha que escreveu, no fim de 2023, compartilhando o sonho da família: resolver os problemas de infiltrações na laje da casa onde ela mora com seu marido, sua filha e sua mãe. Com o concreto esfarelando, as águas das chuvas penetravam nas paredes, e há anos todos sofriam com o mofo, principalmente Thainá, de 9 anos, que apresentava sintomas de alergia respiratória decorrente do problema. A obra também seria um passo para a família conseguir fazer um quarto para a menina, que dorme no mesmo cômodo que os pais.

A carta era para o Instituto Mundo Novo que, a partir do atendimento às famílias beneficiadas em seus programas educacionais e culturais, lançou, com recursos do Fundo Chatuba, o Programa de Desenvolvimento Social Local, de reforma de moradias na Chatuba, em Mesquita, Baixada Fluminense. Dentre 350 cartinhas de sonhos enviadas pelas famílias, 70 delas compartilhavam desejos relacionados a reformas habitacionais, e a de Clévia foi uma das 4 selecionadas. Thainá se formou na educação infantil da organização e hoje está no projeto Arte com Visão, que oferece complementação escolar para crianças de 4 a 18 anos.

Neste mês de setembro, a obra ficou pronta: a laje da casa ganhou um novo contrapiso, impermeabilizado, e um telhado, com estrutura de serralheria. Além de garantir a saúde da família, que vivia com umidade nas paredes, a obra também garantiu mais segurança, e futuramente Clévia e o marido, o ajudante de pedreiro Claudenei, poderão construir o tão sonhado quartinho de Thainá, sem riscos de desabamento.

“Uma parte da laje havia caído há alguns anos e, com as chuvas, as paredes estavam todas pretas de mofo. Agora, além de poder fazer os consertos sem o risco de novas infiltrações, temos essa estrutura que traz a possibilidade de lazer para minha filha, já que a casa é pequena e agora o espaço da laje poderá ser usado como um quintal”.

Bianca Simãozinho, diretora do Instituto Mundo Novo, diz que este projeto é um divisor de águas para resolver um problema de saúde e qualidade de vida das crianças atendidas pela organização:

“A gente sabe que moradia digna é um direito de todos, mas que as famílias em

vulnerabilidade estão muito longe de ter. Na Chatuba, muitas casas são insalubres, sem água encanada, porque as coberturas são de telhas, que não suportam a instalação de uma caixa d´água. Então, este projeto é sobre o cuidado integral da família, sobre levar dignidade, resgate de cidadania e de esperança. São poucas casas por enquanto, mas já está tendo um impacto muito grande e o objetivo é ampliar o projeto”, conta.

O Instituto Mundo Novo atua para a garantia de direitos de crianças e adolescentes e tem o apoio do Instituto Phi há 10 anos.

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