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{reprograma}

Sobre a organização: Oferece cursos intensivos de programação front e back-end para mulheres, priorizando negras, transgênero e travestis. Com foco em mulheres que não têm condições de arcar com o custo de um programa intensivo e completo, nossos cursos são gratuitos para todas as alunas. Desde o início da nossa história, sonhamos em oferecer um ambiente diverso e inclusivo e, desde então, trabalhamos para atingir esse objetivo. Nossa prioridade hoje, além da formação de mulheres diversas, é a inclusão dessas mulheres no mercado de tecnologia. Nossa missão é reduzir a lacuna de gênero em TI por meio da educação e trazer mais diversidade para o setor. Prezamos pela qualidade das relações com nossas alunas, time e parceiras. Agimos com propósito, comprometidas com a construção de um ecossistema educacional e de tecnologia que abrace e inclua a diversidade.

Phi support: Human resources.

Duration: 2023.

Visit website https://reprograma.com.br/

Boletim Phi: Caminhos para preservar a vida na Terra

A humanidade enfrenta uma escolha: podemos continuar por um caminho onde nossas demandas ao planeta excedem sua capacidade de atendê-las ou seguir um caminho diferente, onde nossos compromissos com a sustentabilidade melhoram o nosso bem-estar coletivo. 

Neste Mês do Meio Ambiente, apresentamos no Boletim Phi dados importantes sobre o tema e projetos apoiados pelo Instituto Phi que impulsionam ações necessárias para a preservação da vida na Terra. 

Esperamos que gostem do Boletim, em novo formato, e que essas ideias sirvam de inspiração para todos! Clique aqui para acessar.

Acolhimento e esperança para quem não tem para onde ir

O trabalho de quem busca soluções para apoiar refugiados venezuelanos no Brasil

Marcela* é uma “acolhedora de refugiados”. Ela participa de um programa de acolhimento de famílias venezuelanas em que equipes de voluntários formam um time para apoiar migrantes a conquistarem sua independência no Brasil no curto prazo. Voluntária e filantropa há muitos anos em diferentes causas, em maio deste ano, Marcela conheceu o trabalho da organização não-governamental Refúgio 343 e o apoio a refugiados passou a ser o seu propósito.

Os venezuelanos são o segundo maior grupo populacional deslocado do mundo. Mais de 7,2 milhões, cerca de 20% da população venezuelana, já fugiram do país para escapar da crise econômica e política que tem como consequências a fome, a violência e a falta de medicamentos e de serviços essenciais.

O Refúgio 343 é uma das organizações que fazem a Operação Acolhida, programa de resposta humanitária do governo federal às demandas dos refugiados que chegam ao país pela fronteira com a Venezuela, com o objetivo de diminuir a sobrecarga nos municípios de Pacaraima e Boa Vista (RR). Através dele, são ativadas pessoas e empresas de todo o território brasileiro para apoio na inclusão social e produtiva de forma sistematizada.

Há duas semanas, Marcela, que mora no Rio de Janeiro, esteve em Boa Vista para se encontrar com a equipe do Refúgio 343 e ver a situação de perto. A voluntária conseguiu, com amigos, empregos para duas famílias no município de Rio das Ostras, no litoral fluminense. Agora, o time de voluntários que ela reuniu está organizando a vinda dos migrantes, que devem nos próximos dias. Neste mês em que celebramos o Dia Mundial do Refugiado, no último dia 20, ela conta por que, neste momento, o apoio a refugiados é sua causa.

“Como cristã, acredito em amor ao próximo e um refugiado é meu próximo. Além disso, vejo a dor tão grande que eles sentem e, se eu fosse refugiada, gostaria que fizessem isso por mim. Por último, também é uma questão de apoiar a população de Roraima, que são meus compatriotas e precisam de suporte para que possamos fazer a reinserção socioeconômica dessas pessoas de forma organizada”, explica Marcela, que está convocando mais empresas a oferecerem vagas de emprego.

Divulgação/ACNUR

A coordenadora de comunicação do Refúgio 343, Vanesca Lima, lembra que, para os refugiados, recomeçar não é uma opção – é a única escolha. E os acolhedores são peça-chave da solução desta crise:

“Os voluntários recebem uma ou mais famílias, assumindo o compromisso de auxiliá-las em seu processo de adaptação, buscando vagas de emprego, encontrando e montando uma moradia, ajudando nos gastos iniciais e na inclusão nos sistemas de saúde e educação brasileiros.  Cada família conta com uma equipe de no mínimo 5 voluntários, cujo líder acolhedor é com quem articulamos todas as etapas do processo e é avaliado e capacitado pelo nosso time. É um trabalho muito cuidadoso, porque os migrantes são pessoas muito vulneráveis”, explica ela.

Atualmente, cerca de 9.000 refugiados estão vivendo nos abrigos da ACNUR (agência da ONU para refugiados), que são geridos pelas Forças Armadas. Além disso, do lado de fora, há hoje cerca de 1.900 venezuelanos vivendo nas ruas das cidades fronteiriças.

Além do programa de acolhimento, o Refúgio 343 oferece capacitação gratuita. Na Escola Refúgio, os refugiados e migrantes fazem em aulas de português e educação intercultural, além de cursos profissionalizantes, para recomeçarem suas vidas no Brasil com mais confiança.

Atualmente, são mais de 3,6 mil pessoas já impactadas pelo Refúgio 343, com a integração de mais de 1,8 mil núcleos familiares em 229 municípios de 20 estados brasileiros. Além disso, 2,2 mil migrantes participaram de formações da Escola Refúgio, com 4,2 mil certificações entregues. Com o trabalho realizado, 73% dos migrantes adultos estão empregados e 82% das crianças e adolescentes já estão na escola.

A coordenadora de comunicação Vanesca Lima conta que a organização tem empresas parceiras que enxergam com muito bons olhos a contratação dos refugiados.

“São empresas que levantam a bandeira da igualdade, da oportunização de emprego e que estão preocupadas com sua responsabilidade social. Tomamos todo o cuidado para que os refugiados tenham todos os direitos trabalhistas respeitados”.

*O sobrenome de Marcela foi omitido por questões de privacidade.

Divulgação/Refúgio 343

Água limpa para quem precisa: mulheres chefes de família de Jardim Gramacho recebem kit da Água Camelo

Boletim Phi – Especial de Meio Ambiente

Em 2020, a cozinheira Miriam Oliveira e seus dois filhos, então com 11 e 17 anos, finalmente se livraram das dores de estômago e da náusea. Moradores de Jardim Gramacho, em Duque de Caxias (RJ) naquele ano eles receberam um kit de acesso à água tratada startup de impacto ambiental Água Camelo. Até então, eles bebiam água do cano da rua, sem tratamento nenhum para consumo.

Recentemente, Miriam se emocionou ao reencontrar com “os meninos” da Água Camelo, numa ação apoiada pelo Instituto Phi de doação de 20 kits para mulheres chefes de família e catadoras do Programa Jardineiras de Jardim Gramacho, promovido pela ONG ReMAR  (Repensando Mudanças Através dos Resíduos), que visa fortalecer e estimular a cadeia de reciclagem local. A ação aconteceu na sede de outra ONG, o Projeto Gramachinhos, de educação infantil, onde Miriam é cozinheira.

“Conheço a maioria das mulheres, uma delas é minha vizinha. E sei que elas precisam muito do kit, assim como eu precisava”, diz Miriam.

Com capacidade para armazenamento de até 15 litros de água por vez, o Kit Camelo foi desenvolvido observando as quatro etapas necessárias para que uma pessoa, sem cobertura de saneamento básico, possa providenciar para obter água potável: captação, transporte, armazenamento e filtragem.

O kit é composto por uma mochila que filtra a água, eliminando bactérias, protozoários e partículas em suspensão, transformando-a em própria para o consumo, além do manual para pessoas com ou sem facilidade de leitura. A manutenção é feita pelos próprios usuários, sem necessidade de compra de peças. O reencontro de Miriam com a equipe da Água Camelo aconteceu na oficina de capacitação das novas beneficiárias para uso e manutenção do kit.

“Essa é uma das etapas mais importantes da implementação dos kits da Água Camelo. É neste momento que eles aprendem a usar os materiais, bem como a sua manutenção, além das oficinas chamadas de “Wash”, de conscientização sobre consumo consciente da água, saneamento e higiene”, explica o cofundador e diretor de Comunicação e Comunidades da Água Camelo, João Manuel Piedrafita.

Ele lembra que Jardim Gramacho foi o primeiro lugar a receber os Kits Camelo quando a Água Camelo foi criada, em 2020. No bairro funcionou por 35 anos o maior lixão da América Latina, desativado em 2012 com o avanço da legislação ambiental. No entanto, a intervenção do poder público não incluiu a implementação de um plano de reinserção social dos moradores da região, que faziam do lixo sua principal fonte de renda. Além disso, grande parte da população vive sem saneamento básico e energia.

Segundo a ONU, até 2030 a demanda por água deverá aumentar 50% no mundo. Isso num planeta em que cerca de 80% do esgoto produzido pelo homem volta à natureza sem ser tratado. E mais de um terço da população mundial não tem acesso a água tratada – no Brasil, são cerca de 36 milhões de brasileiros, segundo o Instituto Trata Brasil.

Agricultura familiar: os quintais ecoprodutivos implantados em casas de idosos pelo SERTA

Boletim Phi – Especial Meio Ambiente

No quintal de sua casa em Alto José do Pinho, Recife (PE), Dona Solange Lira planta verduras e legumes, como alface, tomate, pimentão, berinjela e couve, mas também temperos e chás – as chamadas “farmácias vivas” –, como hortelã, boldo, coentro, manjericão e louro. Aos 63 anos, ela nem imaginava ter um quintal ecoprodutivo e aprender técnicas de cultivo.

Dona Solange participa do projeto “Bem Viver nos Bairros”, do Serviço de Tecnologia Alternativa – SERTA, que atua em Recife e Região Metropolitana. Além de incentivar o reconhecimento do envelhecimento de forma positiva e saudável, o projeto implementa quintais ecoprodutivos na busca da segurança alimentar da população idosa com o aproveitamento dos espaços de suas casas. Através de um censo, são identificados os idosos em vulnerabilidade social.

Por causa da diabete e da pressão alta, ter uma alimentação mais natural tem sido muito bom para Dona Solange. Mais que isso, todo o atendimento que recebe no SERTA – psicológico, fisioterápico, aulas de dança e música, além das visitas da educadora social Cláudia, que cuida da transicão agroecológica, ajudaram a afastar a depressão.

Dona Solange Lira mora sozinha. Deixou de trabalhar há 28 anos, quando nasceu a filha, e precisava cuidar da bebê, ao mesmo tempo que cuidava da mãe enferma. Do marido, acabou se separando. Sua mãe faleceu há 7 anos. A filha agora está em outra cidade fazendo faculdade. Depois de um período difícil, ela voltou a sorrir.

“Agora estou assim, feliz. Abraço todo mundo, dou bom dia a todo mundo. Espero que esse projeto não acabe nunca”.

O projeto já teve duas edições, com a implantação de 600 quintais ecoprodutivos e duas hortas comunitárias no Alto José do Pinho e na Comunidade de Santa Luzia, em Recife. Agora, começará a ser executado, com apoio do Instituto Phi, na Região Metropolitana, beneficiando mais 100 pessoas em Recife, 150 em Jaboatão dos Guararapes, 200 em Cabo de Santo Agostinho e 150 em Ipojuca, num total de 600 pessoas.

O projeto é um exemplo de prática sustentável, na medida em que preserva mais os recursos naturais e a biodiversidade. Além disso, com uma participação de apenas 24,3% da área plantada no Brasil, a agricultura familiar tem grande relevância para a soberania alimentar e o abastecimento do mercado interno. Hoje 70% dos alimentos que estão na mesa dos brasileiros são produzidos por esses produtores.

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