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A decolonização da filantropia no combate à desigualdade

Você já ouviu falar sobre “localização” na filantropia? Essa é a pauta do Boletim Phi: a discussão sobre a necessidade de aumentar o investimento para projetos locais, isto é, desenvolvidos pela comunidade afetada pelo problema social que as doações pretendem resolver.

As organizações comunitárias abordam os desafios de controlar a própria narrativa com os atuais mecanismos de financiamento em vigor. Daí, vem outra questão: a necessidade de “descolonizar” ou “decolonizar” a filantropia.

Quem está falando sobre isso? Como podemos praticar a decolonização da filantropia? Acesse o Boletim Phi e saiba mais!

O Futuro da Filantropia no Brasil: Contribuir para a justiça social e ambiental

O Instituto Beja iniciou em 2023 o movimento Filantropando. Um encontro para pensar e discutir o futuro da Filantropia no Brasil e em como a sociedade pode contribuir para as causas de justiça social e ambiental com a presença de mais de 20 filantropos e diversos Executivos responsáveis por projetos sociais.

Com o tema “Oxigenando boas ações”, eles realizaram uma pesquisa estratégica em parceria com a consultora Silvia Bastante da Braymont Philanthropy Advisory com entrevistas de profissionais do setor e especialistas em que abordaram sobre a importância de mudanças sistêmicas, as causas de problemas sociais e como diminuir a desigualdade social no país através dos recursos obtidos. No encontro presencial, foram convidados para debater o tema ,o diretor da Skoll Centre for Social Entrepreneurship da Universidade de Oxford, Peter Drobac e a fundadora do Synergos Institute, Peggy Dulany.

Leia a pesquisa na íntegra aqui ou baixe através do site: https://institutobeja.org/filantropando/OXY01_FILANTROPANDO_DIGITAL_PT.pdf

Decolonizing Wealth

‘Decolonizing Wealth’ (em tradução livre “Decolonizando a riqueza”, sem edição ainda no Brasil) é uma análise provocativa da dinâmica colonial disfuncional em jogo na filantropia e nas finanças. O premiado executivo filantrópico Edgar Villanueva baseia-se nas tradições da maneira nativa de prescrever o remédio para restaurar o equilíbrio e curar nossas divisões.

Embora pareça contraintuitivo, a indústria filantrópica evoluiu para espelhar as estruturas coloniais e reproduzir a hierarquia, causando, em última análise, mais danos do que benefícios. Depois de 14 anos na filantropia, Edgar Villanueva viu além da fachada glamorosa e altruísta do campo e viu suas sombras: as redes dos velhos garotos, os complexos de salvadores e a opressão internalizada entre os “escravos domésticos” e aquelas poucas pessoas de cor selecionadas. quem ganha acesso. Todos estes financiadores reflectem e perpetuam a mesma dinâmica subjacente que nos separa deles e entre os que têm e os que não têm. Na mesma medida, denuncia a reprodução de sistemas de opressão, ao mesmo tempo que defende uma orientação para a justiça que abra as comportas a uma maré crescente que levanta todos os barcos. Na terceira e última secção, Villanueva oferece provocações radicais aos financiadores e descreve os seus Sete Passos para a Cura.

Com grande compaixão – porque a forma nativa é trazer o opressor para o círculo da cura – Villanueva é capaz de diagnosticar as falhas fatais na filantropia e fornecer soluções ponderadas para estes desequilíbrios sistêmicos.

Tratamento odontológico devolve qualidade de vida a rapaz de 16 anos

Viver com dores nos dentes era a realidade de Gabriel, um rapaz de 16 anos, de Campos dos Goytacazes. Ele participava da Obra do Salvador, projeto social que capacita jovens para o primeiro emprego no município. Foi quando a instituição recebeu a visita da equipe da Turma do Bem, organização apoiada pelo Instituto Phi que oferece atendimento odontológico gratuito a crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade. Logo, a vida de Gabriel mudou.

O jovem foi selecionado pela triagem odontológica pois tinha dentes muito estragados por cáries. A mãe, Fabiele, já havia tentado buscar o tratamento pelo SUS.

“Onde eu moro, não tem posto de saúde. Eu tentei levar em um posto vizinho várias vezes, mas não se achava dentista. Cheguei a fazer um orçamento no particular, mas não consegui pagar. Ele sentia muitas dores e nenhum remédio passava”, conta Fabiele, que é faxineira e vive com os três filhos e o marido, que é padrasto dos meninos e está desempregado.

Com o início das consultas odontológicas da Turma do Bem, o menino ficou bastante animado, conta a mãe.

“Ele adorou. Logo nas primeiras consultas, chegou em casa e me mostrou um dente que a doutora recuperou. Estava quebrado, e agora nem parece que tinha nada”.

Gabriel já realizou restauração de dentes, limpeza e um tratamento de canal. Ainda estão previstos outros tratamentos endodônticos para ele.

“Eu não tinha conseguido resolver isso para meu filho. E agora está fazendo um bem danado para ele, e para mim, né? Ver Gabriel feliz, sem dores e com mais autoestima”, comemora Fabiele, contando ainda que agora, com mais qualidade de vida, Gabriel foi selecionado para o Programa Jovem Aprendiz.

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