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Do estigma contra pessoas egressas à inclusão social e produtiva

As perspectivas de futuro de Alene dos Santos, hoje com 31 anos, mudaram totalmente quando conheceu e começou a fazer parte da Cooperativa Social Cuxá, que produz e vende artigos bordados, tais como bolsas, toalhas e nécessaires. Alene é egressa do sistema prisional de São Luiz (MA) e passou a integrar a Cuxá – uma  iniciativa do Instituto Humanitas360 em parceria com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Governo do Maranhão – quando estava na prisão.  Depois de progredir para o regime aberto e com o apoio do Humanitas360, Alene desde maio trabalha vendendo os produtos da cooperativa na Oficina & Loja Tereza.

O projeto da Cooperativa Cuxá oferece a mulheres presas e egressas do sistema prisional aulas de corte e costura, crochê e outros segmentos, para que possam empreender, após cumprirem o processo de ressocialização. A renda dos produtos comercializados são repassados integralmente às trabalhadoras. 

Já a Tereza é um negócio social que comercializa produtos de cooperativas de pessoas presas. Desde a abertura da Loja em São Luiz, em maio de 2023, Alene trabalha no espaço, desenvolvendo competências de atendimento a clientes, habilidades administrativas e outros aspectos de gestão de um comércio. Também por meio do Humanitas360, ela conta com o apoio de uma assistente social, acompanhamento psicológico e jurídico.

Alene conta que está muito feliz com as oportunidades às quais têm tido acesso, percebendo-as como parte importante da sua retomada da vida em liberdade e evolução pessoal e profissional. Para ela, a vida não poderia ter lhe dado um caminho melhor para seu recomeço após o cárcere. Os sonhos, agora, são trazer os dois filhos, de 7 e 8 anos, para morar com ela, e cursar a faculdade de direito.

“Antes de ser presa, eu trabalhava como feirante, vendendo frutas. Não sabia nada sobre costura. Mas peguei essa oportunidade e tive muita força de vontade. Aprendi a costurar, aprendi a fazer crochês e bordados, produzindo bolsas e sacolas. Depois, fiz cursos de informática, tudo com o apoio da Humanitas. Com o primeiro salário, aluguei um quarto num condomínio. Quero que meus filhos tenham orgulho de mim”.

As pessoas egressas sofrem diferentes tipos de discriminação, que restringem ou anulam o reconhecimento e o exercício de direitos humanos. Entre os impactos que o estigma pode causar, destacam-se a dificuldade de obter emprego e renda. O Instituto Humanitas360 é apoiado pelo Instituto Phi.

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