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Geração Z: uma centelha de esperança?

A despeito das incertezas econômicas, brasileiros de todas as gerações, gêneros, regiões do país e graus de escolaridade contribuíram no ano passado para as causas importantes para eles. Foi o que mostrou a Pesquisa Doação Brasil 2022, coordenada pelo Instituto de Desenvolvimento do Investimento Social (IDIS), com apoio de muitos parceiros, dentre eles, o Instituto Phi. Mas, o estudo revela ainda que, à medida que o setor filantrópico se transforma e diversas vozes exigem um lugar à mesa, um grupo se destaca no caminho: a Geração Z.

Categorizados como “nativos digitais” ou pessoas que têm pouca ou nenhuma memória de um mundo sem tecnologia de smartphones, a Geração Z é formada pelos nascidos entre 1995 e 2010, o que significa que os mais velhos têm cerca de 28 anos e os mais novos ainda estão no ensino fundamental.

Com eles, a internet uniu as diversas vozes com uma velocidade e eficiência que o setor nunca experimentou antes. Eles usam plataformas como Instagram, TikTok e Twitter para divulgar causas que lhes interessam e mobilizar apoio para elas. Têm, portanto, o maior potencial de influenciar a consolidação da cultura de doação no País.

Na hora de doar – neste caso, os maiores de 18 anos –, são atraídos por projetos que se alinham com os seus valores, e muitas vezes estão dispostos a apostar em soluções nascentes e inovadoras para questões sociais e ambientais. A Geração Z é mais diversificada que qualquer geração anterior, e parece estar no caminho que nós, do Instituto Phi, estamos sempre apontando: eles doam porque sentem que sua doação, mesmo pequena, faz diferença.

Eles também estão certos de que as empresas são organismos poderosos, que devem usar seu potencial para gerar valor para as comunidades em que estão presentes.

Ter dados consistentes sobre a doação feita pelos cidadãos comuns já é um bom motivo para se comemorar. Saber que 84% dos brasileiros acima de 18 anos e com rendimento superior a um salário-mínimo fizeram ao menos uma doação em 2022, seja de dinheiro, bens ou trabalho voluntário, é mais ainda.

Além disso, em 2022, a mediana dos valores doados ao longo do ano foi R$ 300, um aumento de 50% em relação a 2020.

Nem tudo são flores e a pesquisa de 2022 indica um aumento da doação institucional entre a população de renda mais baixa (famílias que ganham até dois salários-mínimos), porém, uma queda entre famílias com renda superior a seis salários-mínimos. Além disso, as pessoas menos escolarizados retomam com mais força as doações entre 2020 e 2022 – durante e após a pandemia, portanto –, enquanto há queda nos níveis de doação das pessoas com níveis de escolaridade mais altos.

Outra notícia que recebemos com tristeza é a de que, depois de uma melhora significativa da opinião da população sobre as organizações da sociedade civil, registrada na pesquisa de 2020, o novo levantamento mostra um certo retrocesso nas questões relativas à confiança.

Não é uma balança equilibrada, mas é para isso que estamos trabalhando: para a construção de um país mais solidário, o que passa pela mobilização, bastante articulada, de todos os setores da economia. O desafio está em encontrar e construir modelos que são capazes de conectar a cultura de doação com cada um dos brasileiros.

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