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Tributação de heranças e incentivos fiscais à doações filantrópicas
Foi lançado pelo Movimento Bem Maior o “Estudo Comparado Internacional Tributação de Heranças e Incentivos Fiscais à Doações Filantrópicas”. Encomendado pelo MBM à SBSA Advogados, o estudo compara a alíquota brasileira na taxação de heranças, com as legislações tributárias de outros 14 países, analisando ainda como estas políticas incentivam ou não as doações filantrópicas.
Investimento Social Privado: estratégias que alavancam a Agenda ESG
Como as práticas de investimento social privado (ISP) e cidadania corporativa se correlacionam com a performance em sustentabilidade empresarial? Há mesmo uma sinergia entre o ISP e a Agenda ESG? E, em caso afirmativo, é possível quantificar essa influência?
A publicação do IDIS busca responder a esses questionamentos, analisando as informações referentes a ISP do ISE B3, o Índice de Sustentabilidade Empresarial da bolsa de valores do Brasil, do triênio 2022-2024.
Os achados revelam como as práticas se relacionam e apresentam um mapa estratégico para atuação de empresas.
Perspectivas para a filantropia no Brasil
Mais uma edição do “Perspectivas para a filantropia no Brasil”, do IDIS, está no ar. O ponto de partida desta edição foi a compreensão de que os desafios que enfrentamos estão cada vez mais complexos e interconectados.
Se antes era predominante uma atuação filantrópica baseada em causas específicas, em silos e caixinhas delimitadas, abre-se o olhar para respostas integradas e que contribuem para mudanças estruturantes. Não à toa, a perspectiva ‘Policrise e as respostas da filantropia’ abre o relatório.
Famílias de Alto Patrimônio no Brasil – Investimento de Impacto e Filantropia
Esta pesquisa da Sitawi representa uma foto das práticas atuais das famílias de alto patrimônio, seus Family Offices e Conselheiros em relação à alocação de recursos para impacto positivo. A pesquisa baseou-se em respostas obtidas junto a famílias com patrimônio ou com carteiras de investimento com mais de R$ 50 milhões.
Mulheres incríveis
Com prefácio de Conceição Evaristo, o livro “Mulheres incríveis”, de Elaine Marcelina, publicado pela Editora Maat, ilustra a saga de mulheres pertencentes a “várias tribos”, conforme a própria autora: Doria Thereza, Zezé Mota, Mãe Beata de Iemanjá, Maria do Carmo, dentre outras. Com sua escrita pelos singulares caminhos do cotidiano, Elaine Marcelina promove um registro que capta a grandeza das histórias dessas mulheres e promove o registro escrito de narrativas de vida com a intenção de (co)mover e fazer emergir mais e mais histórias.
Instituto Phi é líder do ranking internacional Leaders League
A entidade francesa Leaders League, especialista na criação de rankings e pesquisas de mercado para os setores jurídico, financeiro, de tecnologia e de RH, divulgou um ranking de organizações brasileiras líderes em consultoria para impacto social. O Instituto Phi conquistou a 1ª posição no ranking, ao lado do IDIS.
Com sede na França e presença física em sete países, sendo um deles o Brasil, a Leaders League produz os rankings após um intenso processo de avaliação, que considera a relevância e complexidade das operações das organizações e feedbacks de clientes, pares e outros agentes da comunidade.
“O Instituto Phi nasceu com a missão de ser ponte entre universos distintos, combinando a alma da filantropia com a racionalidade do investimento. Dez anos depois de nossa fundação, nos vemos como um hub de inovação, criando soluções customizadas para indivíduos e empresas. Este ranking é o reconhecimento da expertise adquirida ao longo deste tempo. Estamos muito felizes, principalmente por estarmos acompanhados no ranking de outras organizações que vêm revolucionando o ecossistema de impacto social brasileiro”, destaca a fundadora e diretora do Instituto Phi, Luiza Serpa.
Em 10 anos, o Phi já apoiou mais de 1.800 projetos sociais em todo o país, movimentou cerca de R$ 211 milhões para o setor e impactou a vida de mais de 2,8 milhões de pessoas.
A classificação completa do ranking pode ser conferida no link https://www.leadersleague.com/pt/rankings/brasil-melhores-consultorias-em-impacto-social-2024
Quando o empreendedorismo resgata e celebra raízes
Depois de ficar desempregada, ao fim do período de isolamento pandêmico, Natânia Azevedo começou a olhar para a arte ancestral das tranças afro como uma opção de retornar ao mercado de trabalho. Em 2022, ela abriu um pequeno estúdio, perto de sua casa, na Vila Três, em São Gonçalo. Tinha muita força de vontade, mas nenhuma experiência com o universo empreendedor.
“As tranças estão na minha vida desde sempre, digo que eu já nasci sabendo trançar cabelo. Mas na minha família ninguém trabalhava com isso. Mesmo não tendo conhecimento técnico, minha mãe tinha seus saberes e gostava de trançar meu cabelo. Assim, eu também passei a trançar os cabelos de minha filha, sua irmã e primas. Porém, até alguns anos atrás, era difícil enxergar a produção dos trançados como profissão”.
Natânia se inscreveu, então, no curso de Trancista Profissional da ONG Mulheres da Parada, a partir da indicação de uma amiga e mentora, esperando apenas aprimorar seus conhecimentos. No entanto, encontrou muito mais do que esperava.
“Muito além das técnicas, o curso ensinava sobre desenvolvimento pessoal e profissional, cultura africana, história das tranças, gestão, marketing e trazia palestras com influenciadores da área para que as alunas conhecessem melhor o mercado”.
À medida que que seu negócio foi deslanchando, a trajetória da profissional culminou com uma surpresa emocionante: ela foi escolhida como embaixadora de uma renomada marca de fibras de cabelo. Inicialmente, ela não se via como a candidata mais qualificada. No entanto, ser selecionada para essa função foi uma validação de seu esforço e dedicação.
“Hoje, fico muito feliz de ver que transformei um conhecimento com tanta ancestralidade em profissão, e mais ainda de ver a felicidade de minhas clientes, que querem fazer tranças não só para dar uma variada no estilo, mas para buscar autoestima, identidade, poder e resistência”.
A ONG Mulheres da Parada, apoiada pelo Instituto Phi, é uma organização da sociedade civil que atua na periferia de São Gonçalo, desenvolvendo o afroempreendedorismo como um movimento que não apenas cria oportunidades econômicas, mas também resgata e celebra as raízes culturais e ancestrais das comunidades negras.
Boletim Phi: Meio ambiente em modo de emergência
Quando ocorrem eventos climáticos extremos, como enchentes, furacões ou incêndios, todos são destroçados pela desorganização dos sistemas ecológicos. Mas as maiores perdas e consequências dramáticas sempre recaem sobre as populações mais vulneráveis.
Para empresas, governos e pessoas que ainda acham que as mudanças climáticas são algo para se pensar lá no futuro, a tragédia no Rio Grande do Sul mostra que o amanhã já chegou!
Acesse aqui o Boletim Phi, entenda as urgências ambientais e saiba como o Instituto Phi está agindo.
Mulheres do Terceiro Setor
O que é possível quando todos podem participar plenamente da sociedade e têm a oportunidade de moldar suas vidas? Até onde podemos ir quando mudamos nossas velhas formas de operar para incluir a promoção da equidade e da justiça em cada decisão que tomamos?
Esse é o ponto de partida do capítulo biográfico da fundadora e diretora do Instituto Phi, Luiza Serpa, no livro “Mulheres do Terceiro Setor”, da Editora Leader. A publicação aborda as histórias, cases, aprendizados e vivências de 18 empreendedoras sociais ao longo de sua carreira.
São muitas vozes potentes de mulheres catalisadoras de processos importantes no Terceiro Setor. Uma reflexão sobre nosso tempo atravessa todos os textos deste livro, em abordagens diversificadas sobre a busca de um mundo melhor para todos.
O livro pode ser comprado no site da Editora Leader.
Amor sem limites: a adoção de uma bebê com Síndrome de Down
Lia chegou à Obra do Berço em agosto de 2023, encaminhada por uma maternidade pública, após sua genitora manifestar o desejo de entregá-la para adoção, mas sem formalizar o processo, deixando a criança em situação de abandono. Com Síndrome de Down e sob investigação de cardiopatia, Lia recebeu cuidados da equipe, que ofereceu afeto, segurança e estímulos para seu pleno desenvolvimento.
No município do Rio de Janeiro, a Obra do Berço acolhe e educa crianças com idade entre 0 meses e 4 anos, garantindo direitos constitucionais. Crianças que se encontram sob medida protetiva recebem acolhimento 24h, enquanto as demais recebem educação formal e atividades complementares esportivas, sociais e culturais na creche, além de acompanhamento médico, fisioterapêutico, fonoaudiológico, psicológico e nutricional. Desde 2018, o Instituto Phi apoia projetos da organização.
Durante sua estadia na instituição, Lia foi diagnosticada com pneumonia e precisou de internação na UTI pediátrica. A equipe cuidou dela com dedicação, até que ela recebeu alta após um mês de tratamento. Paralelamente, a equipe técnica da Vara da Infância iniciou a busca por familiares, sem sucesso, decidindo então pela colocação de Lia em uma família substituta, garantindo-lhe uma nova identidade e convivência familiar.
Em novembro, um casal pretendente à adoção conheceu Lia, esclarecendo dúvidas sobre sua saúde e alinhando expectativas. O encontro foi marcado por emoção, com os novos pais participando ativamente da rotina de Lia, conhecendo seus gostos e dificuldades. A felicidade e o amor foram evidentes na construção dessa nova família.
No fim do ano passado, Lia foi para sua nova casa cercada de afeto, e a Obra do Berço se orgulha de ter sido parte da jornada de construção e fortalecimento dos laços familiares de mais uma criança.
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Ressignificando o amor: ‘Decidimos priorizar a doação’, diz casal de doadores
Quando decidiram construir uma vida juntos, há 13 anos, a ceramista Paula Assunção e o gestor financeiro e professor da PUC-Rio Cristiano Barros Barreto descobriram um desejo em comum: fazer filantropia. Em 2014, procuraram o recém-fundado Instituto Phi para fazer um planejamento de filantropia eficiente. Assim, as doações do casal para o Instituto Mundo Novo, organização na Baixada Fluminense que atua na área de educação, completarão 10 anos este ano.
Paula ressalta que muitas pessoas têm a consciência da importância da participação cidadã para a transformação social, mas acabam esperando o “momento certo” e postergando a decisão de se tornar um doador:
“São muitas prioridades que temos na vida, como filhos, trabalho, projetos e viagens, depois vêm as dúvidas sobre para que instituição doar, se realmente haverá impacto social, e tudo isso acaba sendo uma desculpa para adiar. Nessa conversa que eu e Cris tivemos lá no início, decidimos priorizar a doação e realmente abrir mão de algumas coisas pessoais para poder fazer diferença na vida de outras pessoas. Hoje vemos que só ganhamos”.
Paula e Cristiano quiseram desde o início conhecer o Instituto Mundo Novo. A organização, no bairro da Chatuba, do município de Mesquita, tem dois programas-chaves para garantia de direitos: um oferece educação de qualidade em um ambiente lúdico e seguro para crianças de 2 a 6 anos, e outro promove complementação escolar para crianças e adolescentes de 4 a 18 anos.
“A Luiza (Serpa, fundadora do Phi) destacou que nem sempre os doadores querem se envolver presencialmente, mas uma coisa para nós era certa: queríamos participar, não só dar dinheiro. E foi muito surpreendente. O projeto era muito bem estruturado; com dificuldades, mas com muito cuidado com as crianças”, conta Paula.
Paula logo ficou próxima da fundadora do Instituto Mundo Novo, Bianca Simãozinho, e o casal de doadores decidiu custear uma bolsa de estudos de forma anônima para a empreendedora social numa pós-graduação em Gerenciamento de Projetos no Terceiro Setor na Fundação Getúlio Vargas – hoje, Bianca sabe. Paula e Bianca fizeram o curso juntas e a ceramista, que já atuava como voluntária em outro projeto social, começou a fazer trabalhos voluntários também para o Mundo Novo.
“A organização tinha uma logo antiga e eu e Bianca criamos juntas a concepção de uma nova. Criei o Instagram, organizei o programa de apadrinhamento. Depois da pandemia, eu e o Cris decidimos ampliar nossa ajuda social para outras áreas além da educação e chegamos à saúde, com atendimento de fonoaudiologia e psicologia; à moradia, com a reforma inicialmente de quatro casas, e à geração de renda e cidadania, com a continuação do Ateliê Escola, que oferece cursos de empreendedorismo e costura para mulheres. Faz um ano que criamos o Fundo Chatuba e estamos num momento de trazer mais doadores”, conta Paula.
Bianca, do Mundo Novo, diz que, “para quem acredita em fadas e anjos, sim, eles existem”:
“A Paulinha é uma amiga muito especial, uma irmã, um presente para mim. O Instituto Mundo Novo há 10 anos conta com sua doação através do apoio, escuta, atenção e parceria do Instituto Phi, que nos ensinou e nos ensina todos os dias a enxergar nosso potencial, a ir além, a ser organizado e centrado no que realmente importa. Através do Instituto Phi, realizamos sonhos todos os dias, educamos centenas de crianças e famílias, combatemos a pobreza, alimentamos muitas vidas. Ter um olhar diferenciado da equipe Phi foi fundamental para nosso crescimento”.
Vigência: doação, filantropia, terceiro setor, transformação social.
Um saque que fica para a história
Um jovem negro e de família humilde foi o selecionado para dar o saque inaugural no Miami Open, um dos maiores torneios do esporte do mundo, em março deste ano. Seu nome é Rafael Muniz Padilha. O gaúcho de 18 anos, morador da Vila Kedi, em Porto Alegre (RS), é aluno do Rede Tênis Brasil, projeto social que oferece a prática de esportes em escolas da rede pública nas cinco regiões do país. Ao longo do último ano, o Instituto Phi apoiou o funcionamento do RTB na Rocinha, no Rio de Janeiro.
Primogênito de uma família de 7 irmãos, dos quais 5 fazem parte do projeto, Rafael é criado pela mãe e perdeu o pai de forma trágica, num episódio de violência na comunidade onde vive. Conheceu o tênis aos 9 anos de idade, através da atuação do RTB na escola municipal onde estudava. Pouco tempo depois, começou a se destacar e jogar torneios estaduais. Hoje, já compete em campeonatos juvenis nacionais e internacionais. Ele também se dedica ao estudo de inglês com o objetivo de aplicar para uma bolsa de estudos em uma universidade americana.
Em 2023, foi um dos meninos do projeto que vivenciaram uma experiência inesquecível no ATP Masters 1000 americano. Além de bater bola na quadra central, Rafael teve a oportunidade de assistir aos jogos com visão privilegiada, acompanhar a entrada de jogadores profissionais e conhecer os bastidores do torneio.
Pelo seu desempenho, Rafael foi selecionado pelo Itaú, patrocinador do Miami Open, para fazer o saque inaugural. Para além das quadras, o jovem também foi protagonista de uma campanha publicitária promovida pelo banco, com direito a entrevista para um jornal americano; conheceu um ídolo, o tenista espanhol Carlos Alcaraz; e, para fechar com chave de ouro, bateu bola com o ídolo de outro esporte, Ronaldo Fenômeno. Tudo isso fez com que ele voltasse para casa acreditando que pode e merece um futuro melhor.
“Eu nem imaginava pegar numa raquete, ainda mais viajar para vários lugares, como tenho viajado, ir para Miami. Como a maioria dos meninos, eu só jogava futebol. Quando comecei a ganhar os torneios de tênis, pensei ‘acho que tenho futuro nesse negócio’. Hoje, sonho em conquistar uma bolsa numa universidade americana e em jogar tênis profissionalmente nos Estados Unidos”, conta ele.
Aos poucos, a timidez do menino da Vila Kedi dá lugar ao sonho de, através do tênis e da educação, tornar-se um grande campeão das quadras e da vida.
Nota: Rafael e sua família moram numa parte alta de Porto Alegre e não foram seriamente afetados pelas chuvas que causaram destruição em grande parte do Rio Grande do Sul, felizmente!
Vigência: projeto social, transformação social.