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Uma laje reformada e a cidadania resgatada com concreto

A ajudante de cozinha Clévia Ribeiro caprichou na cartinha que escreveu, no fim de 2023, compartilhando o sonho da família: resolver os problemas de infiltrações na laje da casa onde ela mora com seu marido, sua filha e sua mãe. Com o concreto esfarelando, as águas das chuvas penetravam nas paredes, e há anos todos sofriam com o mofo, principalmente Thainá, de 9 anos, que apresentava sintomas de alergia respiratória decorrente do problema. A obra também seria um passo para a família conseguir fazer um quarto para a menina, que dorme no mesmo cômodo que os pais.

A carta era para o Instituto Mundo Novo que, a partir do atendimento às famílias beneficiadas em seus programas educacionais e culturais, lançou, com recursos do Fundo Chatuba, o Programa de Desenvolvimento Social Local, de reforma de moradias na Chatuba, em Mesquita, Baixada Fluminense. Dentre 350 cartinhas de sonhos enviadas pelas famílias, 70 delas compartilhavam desejos relacionados a reformas habitacionais, e a de Clévia foi uma das 4 selecionadas. Thainá se formou na educação infantil da organização e hoje está no projeto Arte com Visão, que oferece complementação escolar para crianças de 4 a 18 anos.

Neste mês de setembro, a obra ficou pronta: a laje da casa ganhou um novo contrapiso, impermeabilizado, e um telhado, com estrutura de serralheria. Além de garantir a saúde da família, que vivia com umidade nas paredes, a obra também garantiu mais segurança, e futuramente Clévia e o marido, o ajudante de pedreiro Claudenei, poderão construir o tão sonhado quartinho de Thainá, sem riscos de desabamento.

“Uma parte da laje havia caído há alguns anos e, com as chuvas, as paredes estavam todas pretas de mofo. Agora, além de poder fazer os consertos sem o risco de novas infiltrações, temos essa estrutura que traz a possibilidade de lazer para minha filha, já que a casa é pequena e agora o espaço da laje poderá ser usado como um quintal”.

Bianca Simãozinho, diretora do Instituto Mundo Novo, diz que este projeto é um divisor de águas para resolver um problema de saúde e qualidade de vida das crianças atendidas pela organização:

“A gente sabe que moradia digna é um direito de todos, mas que as famílias em

vulnerabilidade estão muito longe de ter. Na Chatuba, muitas casas são insalubres, sem água encanada, porque as coberturas são de telhas, que não suportam a instalação de uma caixa d´água. Então, este projeto é sobre o cuidado integral da família, sobre levar dignidade, resgate de cidadania e de esperança. São poucas casas por enquanto, mas já está tendo um impacto muito grande e o objetivo é ampliar o projeto”, conta.

O Instituto Mundo Novo atua para a garantia de direitos de crianças e adolescentes e tem o apoio do Instituto Phi há 10 anos.

Termômetro da doação

No dia 05 de setembro de 2024, o Movimento por uma Cultura de Doação (MCD), rede a qual o Instituto Phi faz parte, lançou o relatório ‘Termômetro da Doação’, que busca criar indicadores para mensurar os avanços no Brasil para a consolidação de uma cultura de doação, a fim de compreender melhor o panorama das doações no país.

Goyo

Estamos permitindo que nossos filhos ou irmãos com alguma
deficiência vivam plenamente suas vidas? Estamos preparados para
apoiá-los, mesmo quando isso significa deixá-los correr alguns riscos?
Esta é a temática abordada no filme argentino Goyo, apelido de
Gregório, um jovem com uma das formas “leves” do autismo — a
Síndrome de Asperger. A história dirigida por Marcos Carnevale gira
em torno da atração de Goyo por uma funcionária do museu onde
trabalha e os desafios que ele enfrenta para lidar com tantas novas
emoções. Um lembrete de que a autonomia e a independência são
essenciais para o amadurecimento e crescimento tanto dessas
pessoas quanto de toda a família.

Disponível na Netflix: clique aqui para assistir o trailer

Cenários Futuros para o Estado do Rio de Janeiro

Você já parou para imaginar o que é necessário para que o Estado do
Rio tenha um futuro melhor e como podemos colaborar para isso?
Turismo, economia, sustentabilidade, serviços públicos,
desenvolvimento territorial… tudo isso esteve em discussão para a
criação do relatório “Cenários Futuros”, criado coletivamente pela
Glocal Experience e uma equipe diversa de 50 pessoas, com apoio
metodológico da Reos Partners.

Iniciado em 2022, o relatório apresenta hipóteses coerentes sobre o
futuro e traça estratégias iniciais para a transformação social até
2030. Os 50 participantes representam um microcosmo do estado do
Rio de Janeiro e exercem papéis de liderança nas mais diversas áreas
de conhecimento, setores, regiões, religiões, saberes, gerações e
territórios. Todos contribuíram com seu tempo e conhecimento de
forma voluntária.

Dentre eles, está Luiza Serpa, idealizadora e diretora-executiva do
Instituto Phi, organização da sociedade civil que atua como um hub
de soluções inovadoras e customizadas para promover a filantropia e
fortalecer o Terceiro Setor.

A Equipe de Cenários se reuniu durante seis meses, entre 2022 e
2023, para construir cenários de possíveis futuros, avaliar suas
implicações, identificar os cenários mais desejados, bem como os
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável prioritários, e traçar
estratégias.

O objetivo é enriquecer e estimular o debate público e intersetorial e
pautar escolhas, decisões, estratégias e ações nos espaços e esferas
de alta relevância para o estado do Rio de Janeiro – comunidades,
territórios, movimentos e organizações sociais, escolas, universidades
e sociedade como um todo.

Segundo o relatório, para um futuro mais sustentável e justo para o
estado do Rio de Janeiro, há dois cenários desejáveis: Boto
Cinza (Transformação) e Abelha Uruçu (Regeneração). Acesse o site e
leia o Relatório completo para entender estes cenários:
https://reospartners.com/cenarios-rj-2030.

Aos 12 anos, Emanuel agora pode sonhar

Até os 10 anos, Emanuel nunca tinha ido à escola. Vivia nas ruas com a mãe e os irmãos, todos usuários de crack. Em 2022, num surto, o menino começou a tacar pedras nos pedestres. Assim, em medida protetiva, chegou à Casa de Acolhida da Associação Beneficente AMAR, organização na Zona Norte do Rio apoiada pelo Instituto Phi. Emanuel precisava de saúde, nutrição, alfabetização, diversão e afeto, dentre tantas necessidades. A maior demanda, no entanto, talvez fosse por sonhos. Dois anos depois, tanta coisa mudou. Aos 12 anos, este mês Emanuel foi destaque na escola pelo seu desempenho. Hoje, sonha com um futuro.

A equipe conta que não foi fácil no início. Foi preciso muito amor para vencer as resistências, especialmente com o processo de escolarização. Mas o empenho da alfabetizadora Raimunda, o entusiasmo da voluntária Marlene e o incentivo da pedagoga Fernanda renderam frutos. Teve também a relação estreita e fortalecida com a unidade escolar na qual Emanuel foi matriculado e, claro, os passeios divertidos com a equipe de profissionais e o grupo de meninos abrigados com ele.

“Emanuel, como todos os meninos que chegam à Casa, precisam de acolhimento, cuidado, calor humano, de alguém que cuida, de poder brincar, de se sentir à vontade e não precisar se defender. Eles precisam de oportunidades e de uma família que se apaixone pelo seu crescimento”, diz a pedagoga Fernanda, da Casa de Acolhida, que explica que, como a família de Emanuel não apresentou interesse em sua guarda, ele espera por uma nova família, através da adoção.

Em 2024, depois de se esforçar bastante para ir para uma turma mais avançada, Emanuel conseguiu a pontuação máxima para o ingresso no 5º ano do Ensino Fundamental. E este mês, o aluno foi destaque na escola pelo seu ótimo desempenho acadêmico. O melhor: ele agora quer ir muito mais longe.

A Casa de Acolhida Frei Carmelo Cox é um local destinado a oferecer cuidados, proteção e apoio a crianças que estão em situação de vulnerabilidade, geralmente afastadas de suas famílias de origem por questões como abuso, negligência ou outras condições que comprometam seu bem-estar. Uma rotina diária estruturada é estabelecida, incluindo horários para atividades escolares, recreação, refeições, atividades culturais e outras.

Cada criança geralmente tem um plano individualizado que considera suas necessidades específicas, objetivos de desenvolvimento e planos para o futuro, como a reintegração familiar ou a busca por uma família substituta. Para conhecer melhor a Casa de Acolhida, acesse https://associacaoamar.org.br/casa-frei-carmelo-cox/.

Tributação de heranças e incentivos fiscais à doações filantrópicas  

Foi lançado pelo Movimento Bem Maior o “Estudo Comparado Internacional Tributação de Heranças e Incentivos Fiscais à Doações Filantrópicas”. Encomendado pelo MBM à SBSA Advogados, o estudo compara a alíquota brasileira na taxação de heranças, com as legislações tributárias de outros 14 países, analisando ainda como estas políticas incentivam ou não as doações filantrópicas.


Clique aqui para acessar.

Investimento Social Privado: estratégias que alavancam a Agenda ESG

Como as práticas de investimento social privado (ISP) e cidadania corporativa se correlacionam com a performance em sustentabilidade empresarial? Há mesmo uma sinergia entre o ISP e a Agenda ESG? E, em caso afirmativo, é possível quantificar essa influência?

A publicação do IDIS busca responder a esses questionamentos, analisando as informações referentes a ISP do ISE B3, o Índice de Sustentabilidade Empresarial da bolsa de valores do Brasil, do triênio 2022-2024.

Os achados revelam como as práticas se relacionam e apresentam um mapa estratégico para atuação de empresas. 

Confira a publicação completa aqui.

Perspectivas para a filantropia no Brasil

Mais uma edição do “Perspectivas para a filantropia no Brasil”, do IDIS, está no ar. O ponto de partida desta edição foi a compreensão de que os desafios que enfrentamos estão cada vez mais complexos e interconectados.

Se antes era predominante uma atuação filantrópica baseada em causas específicas, em silos e caixinhas delimitadas, abre-se o olhar para respostas integradas e que contribuem para mudanças estruturantes. Não à toa, a perspectiva ‘Policrise e as respostas da filantropia’ abre o relatório.

Clique aqui e acesse a publicação.

Famílias de Alto Patrimônio no Brasil – Investimento de Impacto e Filantropia

Esta pesquisa da Sitawi representa uma foto das práticas atuais das famílias de alto patrimônio, seus Family Offices e Conselheiros em relação à alocação de recursos para impacto positivo. A pesquisa baseou-se em respostas obtidas junto a famílias com patrimônio ou com carteiras de investimento com mais de R$ 50 milhões. 

Acesse a pesquisa aqui.

Mulheres incríveis

Com prefácio de Conceição Evaristo, o livro “Mulheres incríveis”, de  Elaine Marcelina, publicado pela Editora Maat, ilustra a saga de mulheres pertencentes a “várias tribos”, conforme a própria autora: Doria Thereza, Zezé Mota, Mãe Beata de Iemanjá, Maria do Carmo, dentre outras. Com sua escrita pelos singulares caminhos do cotidiano, Elaine Marcelina promove um registro que capta a grandeza das histórias dessas mulheres e promove o registro escrito de narrativas de vida com a intenção de (co)mover e fazer emergir mais e mais histórias.

Instituto Phi é líder do ranking internacional Leaders League

A entidade francesa Leaders League, especialista na criação de rankings e pesquisas de mercado para os setores jurídico, financeiro, de tecnologia e de RH, divulgou um ranking de organizações brasileiras líderes em consultoria para impacto social. O Instituto Phi conquistou a 1ª posição no ranking, ao lado do IDIS.

Com sede na França e presença física em sete países, sendo um deles o Brasil, a Leaders League produz os rankings após um intenso processo de avaliação, que considera a relevância e complexidade das operações das organizações e feedbacks de clientes, pares e outros agentes da comunidade.

“O Instituto Phi nasceu com a missão de ser ponte entre universos distintos, combinando a alma da filantropia com a racionalidade do investimento. Dez anos depois de nossa fundação, nos vemos como um hub de inovação, criando soluções customizadas para indivíduos e empresas. Este ranking é o reconhecimento da expertise adquirida ao longo deste tempo. Estamos muito felizes, principalmente por estarmos acompanhados no ranking de outras organizações que vêm revolucionando o ecossistema de impacto social brasileiro”, destaca a fundadora e diretora do Instituto Phi, Luiza Serpa.

Em 10 anos, o Phi já apoiou mais de 1.800 projetos sociais em todo o país, movimentou cerca de R$ 211 milhões para o setor e impactou a vida de mais de 2,8 milhões de pessoas.

A classificação completa do ranking pode ser conferida no link https://www.leadersleague.com/pt/rankings/brasil-melhores-consultorias-em-impacto-social-2024

Quando o empreendedorismo resgata e celebra raízes

Depois de ficar desempregada, ao fim do período de isolamento pandêmico, Natânia Azevedo começou a olhar para a arte ancestral das tranças afro como uma opção de retornar ao mercado de trabalho. Em 2022, ela abriu um pequeno estúdio, perto de sua casa, na Vila Três, em São Gonçalo. Tinha muita força de vontade, mas nenhuma experiência com o universo empreendedor.

“As tranças estão na minha vida desde sempre, digo que eu já nasci sabendo trançar cabelo. Mas na minha família ninguém trabalhava com isso. Mesmo não tendo conhecimento técnico, minha mãe tinha seus saberes e gostava de trançar meu cabelo. Assim, eu também passei a trançar os cabelos de minha filha, sua irmã e primas. Porém, até alguns anos atrás, era difícil enxergar a produção dos trançados como profissão”.

Natânia se inscreveu, então, no curso de Trancista Profissional da ONG Mulheres da Parada, a partir da indicação de uma amiga e mentora, esperando apenas aprimorar seus conhecimentos. No entanto, encontrou muito mais do que esperava.​

“Muito além das técnicas, o curso ensinava sobre desenvolvimento pessoal e profissional, cultura africana, história das tranças, gestão, marketing e trazia palestras com influenciadores da área para que as alunas conhecessem melhor o mercado”.

À medida que que seu negócio foi deslanchando, a trajetória da profissional culminou com uma surpresa emocionante: ela foi escolhida como embaixadora de uma renomada marca de fibras de cabelo. Inicialmente, ela não se via como a candidata mais qualificada. No entanto, ser selecionada para essa função foi uma validação de seu esforço e dedicação.

“Hoje, fico muito feliz de ver que transformei um conhecimento com tanta ancestralidade em profissão, e mais ainda de ver a felicidade de minhas clientes, que querem fazer tranças não só para dar uma variada no estilo, mas para buscar autoestima, identidade, poder e resistência”.

A ONG Mulheres da Parada, apoiada pelo Instituto Phi, é uma organização da sociedade civil que atua na periferia de São Gonçalo, desenvolvendo o afroempreendedorismo como um movimento que não apenas cria oportunidades econômicas, mas também resgata e celebra as raízes culturais e ancestrais das comunidades negras. 

Criado e desenvolvido pela Refinaria Design. Atualizado pela Sense Design.